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Copa do Mundo 2014
Sábado - 22 de Janeiro de 2011 às 07:24
Por: KATIANA PEREIRA

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MidiaNews
Canteiro de obras da Arena Pantanal: consórcio contrata, mas operários já admitem entrar em greve
Canteiro de obras da Arena Pantanal: consórcio contrata, mas operários já admitem entrar em greve

As obras da Arena Pantanal, o novo estádio Verdão para a Copa do Mundo de 2014, em Cuiabá, podem ser paralisadas. Os trabalhadores da obra ameaçam uma greve geral, caso os salários não sejam reajustados.

O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria e Construção Civil de Cuiabá e Municípios protocolou, nesta sexta-feira (21), um pedido de audiência com o governador Silval Barbosa.

A audiência é para pedir que o chefe do Executivo interceda pelos funcionários. Os trabalhadores reclamam dos salários pagos pelo consórcio Santa Bárbara/Mendes Júnior, responsável pela execução do projeto da Arena do Pantanal.

O presidente do sindicato, Joaquim Santana, disse ao MidiaNews que a insatisfação dos operários é pelos baixos salários. "O consórcio paga o piso da categoria. O piso é um valor irrisório. Não podemos admitir que uma obra desse potencial e que vai aparecer em todo o mundo seja construída com a exploração dos trabalhadores", disse.

Na convenção coletiva do trabalho do Sindicato da Construção Civil de Cuiabá, o salário para um servente é de R$ 587 e para um pedreiro, R$ 772.

Segundo Santana, o piso salarial é baixo e não condiz com a realidade do mercado. "Queremos que os salários sejam reajustados de acordo com o mercado de trabalho. A média de salário para um servente é de R$ 900 e para o pedreiro, cerca de R$ 1,5 mil", informou.

O presidente do sindicato revelou que também terá audiência com o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Mauro Savi (PR), em busca de apoio para melhorar o salário dos trabalhadores. "Não vamos desistir desta luta, que já está ganhando o apoio da sociedade em geral", afirmou.

Outro lado

O consórcio Santa Bárbara/Mendes Júnior disse, por meio de nota, que o salário pago aos colaboradores da obra equivale ao piso salarial estabelecido na Convenção Coletiva do Trabalho, do Sindicato da Construção Civil de Cuiabá, homologado no Ministério do Trabalho.

O consórcio reiterou que atua em consonância com todos os sindicatos do país, incluindo os do Mato Grosso.

E destacou que se propõe a negociar reajustes de salário "dentro das bases legais".






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