Ex-presidente da Guatemala é julgado por desvio de dinheiro público
O ex-presidente da Guatemala Alfonso Portillo começou a ser julgado por acusações de desvio de dinheiro público.
Portillo nega ter desviado o equivalente a R$ 25 milhões do Ministério da Defesa enquanto esteve no poder, entre 2000 e 2004.
O julgamento foi adiado várias vezes devido a objeções apresentadas pela defesa do ex-presidente.
Os ex-ministros Eduardo Arevalo (Defesa) e Manuel Maza (Finanças) também são réus na ação.
A Promotoria disse que apresentaria mais de 700 documentos e convocaria 36 testemunhas para provar que Portillo autorizou a transferência de cerca de US$ 15 milhões em dinheiro público para o Ministério da Defesa.
Os promotores afirmam que funcionários próximos a Portillo enviaram então o dinheiro a contas pessoais nos Estados Unidos e na Europa.
Advogados do ex-presidente dizem que o caso é motivado por questões políticas e questionam a imparcialidade do juiz Morelia Rios, que presidirá o caso.
Portillo, 58, enfrenta ainda um pedido de extradição pelos Estados Unidos, que o acusam de desviar doações internacionais para projetos educativos.
A lei da Guatemala, porém, exige que ele seja julgado no próprio país antes de uma eventual extradição.
Enquanto esteve no poder, Portillo prometeu combater a corrupção e a impunidade na Guatemala. Ele fugiu para o México pouco após deixar o cargo, mas foi enviado de volta ao seu país em 2008.
Portillo disse ter fugido porque não receberia um julgamento justo na Guatemala.
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