O balanço foi divulgado por Sofia Maliavina, porta-voz do Ministério da Saúde. Segundo ela, 20 dos feridos estão em estado grave, e os trabalhos de resgate de feridos no prédio continuavam.
O incidente teria sido provocado por um homem-bomba, às 16h32 locais (11h32 do horário brasileiro de verão), segundo a assessoria do aeroporto, que dizia que o número de mortos chegaria a 35.
Um vídeo postado no site de compartilhamentos YouTube mostra o interior do aeroporto pouco após a explosão, num cenário de destruição, com corpos espalhados pelo chão, muita fumaça e pequenos focos de incêndio.
O porta-voz do Comitê de Instrução da Procuradoria da Rússia, Vladimir Markin, confirmou que a explosão foi um atentado terrorista. O explosivo teria cerca de 5 kg, segundo fontes citadas pela imprensa russa.
Desembarque
A explosão ocorreu na área de bagagem do setor de desembarque internacional do aeroporto Domodedovo, o principal do país, na periferia da capital, de acordo com a imprensa russa.
O suicida estava em meio a uma multidão que buscava suas bagagens quando se detonou, disse um policial à agência Ria-Novosti.
A imprensa russa relatou que fumaça se erguia do local, e pessoas em pânico, algumas sujas de sangue, fugiam pelas saídas de emergência.
A polícia intensificou a segurança no aeroporto e no metrô da cidade em seguida à explosão, segundo a agência Interfax. Relatos no Twitter indicam que ninguém entrava ou saía do aeroporto logo após o ataque.
O Domodedovo é o aeroporto mais moderno de Moscou, mas sua segurança já havia sido questionada anteriormente pela imprensa.
Em 2004, dois suicidas embarcaram em aviões lá após teremo comprado passagens ilegalmente de funcionários do próprio aeroporto. Eles se explodiram em pleno ar, matando 90 pessoas em dois aviões.
Construído em 1964, o Domodedovo fica a cerca de 42 km a sudeste do centro de Moscou.
Ele é o maior dos três principais aeroportos que servem à capital, e teve movimento de 22 milhões de passageiros em 2010.
Voos que deveriam chegar ao Domodedovo foram transferidos após o ataque para os outros dois aeroportos da capital, segundo a imprensa local.
O atentado derrubou o mercado de ações local Micex, que trabalha principalmente em rublos, em cerca de 2%.
Medvedev
O presidente da Rússia, Dimitri Medvedev, disse que os responsáveis pelo ataque serão descobertos e punidos.
"A segurança vai ser reforçada nos principais ramais de transporte", disse ele no site de microblogagem Twitter.
Medvedev também adiou sua viagem a Davos, na Suíça, onde participa do Fórum Econômico Mundial, segundo uma porta-voz.
Ataque ao metrô
Moscou foi palco de um grande ataque terrorista em março de 2010, quando duas mulheres-bombas procedentes do Daguestão explodiram-se no metrô, matando 40 pessoas.
O governo da Rússa luta para conter a insurgência islâmica no Cáucaso do Norte, de maioria muçulmana.
Analistas locais alertavam sobre a possibilidade de uma onda de atentados, com a aproximação das eleições presidenciais russas de 2012.
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