Ex-policial envolvido no caso Bruno é acusado de outros crimes
Em inquérito concluído no dia 14, a corregedoria da Polícia Civil acusa Bola e outros três agentes de um grupo de elite da polícia de ter sequestrado e mantido em cárcere privado dois homens, em março de 2008.
Suspeita-se que as vítimas, que teriam envolvimento com roubos de carga, estejam mortas.
O conteúdo das investigações, enviado ao Ministério Público, também aponta Bola e os três policiais como suspeitos de peculato (crime contra a administração pública praticado por funcionários públicos no exercício da função).
Na época do desaparecimento das vítimas, os quatro faziam parte do extinto GRE (Grupo de Respostas Especiais), unidade de elite da Polícia Civil mineira.
Mesmo fora da corporação, de onde foi exonerado por indisciplina, Bola dava treinamento para esse grupo em um sítio de Esmeraldas, região metropolitana de Belo Horizonte.
NOVAS ACUSAÇÕES
A situação dos quatro acusados pode se complicar ainda mais. No dia 1º de fevereiro, o colegiado de corregedorias do Estado, presidido pelo secretário de Defesa Social mineiro, Lafayette Andrada, se reúne para decidir se eles serão acusados de outros crimes, como fraude, extorsão, extermínio e desvio de dinheiro.
A Polícia Civil ainda estuda punições administrativas, que podem incluir a expulsão dos outros três acusados da corporação.
Zanone Oliveira Júnior, advogado de Bola, afirma que não há "materialidade alguma em uma possível acusação de participação em grupo de extermínio".
O advogado disse que não discutiria as acusações de sequestro e cárcere privado porque não teve acesso ao inquérito
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