Deputado Wellington Fagundes começa a se articular junto aos 37 colegas republicanos, na esperança de ser escolhido como líder, o que lhe trará projeção e canal direto com o governo Dilma
Wellington já entra na disputa pela liderança do PR na Câmara Federal
Wellington Fagundes, que toma posse na próxima semana no sexto mandato, mergulhou na campanha pela liderança do PR na Câmara dos Deputados, após se reeleger com 145.460 votos. Mesmo longe de Brasília, já que o Legislativo está de recesso, ele se articula. Dispara diariamente vários telefonemas para colegas republicanos, pedindo voto. Embora com três cadeiras a menos, o PR manteve nas urnas do ano passado sua força no Congresso Nacional. Terá 38 deputados. Hoje são 41. Se torna a quinta maior bancada. Perde para o PP (40), DEM (42), PSDB (56), PMDB (80) e para o PT (88).
O último parlamentar mato-grossense a ocupar posto de líder do partido na Câmara foi Pedro Henry (PP), reeleito em 2010 e que está afastado para poder exercer cargo de secretário de Estado de Saúde. Na época, em 2006, Henry ganhou tamanha notoriedade que chegou a ser convidado pelo então presidente Lula para assumir o Ministério dos Esportes. As negociações só não avançaram porque o deputado mato-grossense sofreu boicote de alguns colegas do PP e também por causa do envolvimento do seu nome na máfia das ambulâncias e no mensalão.
Agora, Wellington pode ser o segundo do Estado a virar líder. Se obtiver êxito, ganhará projeção nacional. Os principais projetos passam pela análise do líder de bancada, que mais usa a tribuna em nome dos demais colegas de sigla. Ademais, como o PR é da base, terá um canal direto com a presidente Dilma Rousseff (PP).
Wellington é um exímio articulador político. Teve seu nome envolvimento em escândalos mas, com habilidade, conseguiu sair "ileso" das acusações. Ele é deputado desde 1995. De lá para cá, vem ampliando sua base. Só não levou sorte quando tentou cargo no Executivo. Perdeu para prefeito de Rondonópolis e empurrou também para a derrota o filho João Antonio, derrotado em 2008 como vice-prefeito da chapa de Adilton Sachetti. Do antigo PL, que se fundiu com o Prona e se transformou no PR, Wellington chegou a ensaiar candidatura ao Senado no ano passado mas, na reta final, recuou e buscou a reeleição. Hoje, ele conduz no Estado a legenda republicana, a maior de todas as siglas em número de ocupantes de cargos eletivos.
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