MP denuncia Pivetta; TJ decide sobre a ação criminal nesta 5ª

O Pleno do Tribunal de Justiça vai decidir nesta quinta (27) se acata ou não as denúncias feitas pelo Ministério Público contra o deputado estadual e ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta (PDT). O pedetista é acusado de ter contratado centenas de servidores sem concurso público e de ter fraudado 16 licitações. Caso as denúncias sejam acatadas pelo TJ, Pivetta será indiciado criminalmente.

As contratações e os processos licitatórios foram realizados entre 1997 e 1999, quando Pivetta atuava como prefeito. O MP também acusa outras 11 pessoas que integraram as comissões das licitações fraudadas, entre elas os presidentes da Associação de Desenvolvimento Comunitário de Lucas do Rio Verde, Clóvis Rogério Cortezia, da Fundação de Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento Integrado Rio Verde, Joci Piccini, e da Cooperativa Agropecuária Industrial Luverdense (Cooagril), Francisco Gemelli.

Todas as empresas acabaram vencendo as licitações das quais participaram. O parlamentar e os membros da comissão são acusados de favorecerem a si próprios ao eliminar o caráter competitivo dos certames. No caso da Fundação de Pesquisa, Pivetta se beneficiaria porque a entidade é constituída de cooperativas e da própria prefeitura. Já a Cooagril tinha o próprio deputado como cooperado.

Pivetta atuou como prefeito por dois mandatos. Em 2006 se elegeu deputado estadual. No último pleito, contudo, amargou uma derrota na corrida pelo Paiaguás, quando disputou o cargo de vice-governador ao lado do empresário Mauro Mendes (PSB). Como seu mandato na Assembleia chegando ao fim, já que em 1º de fevereiro toma posse a nova legislatura, Pivetta afirma que voltará a se dedicar aos negócios. Ele é dono do Grupo Vanguarda, que congrega exploração das culturas de soja, milho e algodão, além da criação de suínos e bovinos.