Após eleição, Maggi diz que "desligou a chave" até fevereiro
O senador diplomado Blairo Maggi (PR) preferiu “desligar a chave”, como costuma dizer, desde que foi eleito e tem se mantido afastado do cenário político. Garante não ter se envolvido nas discussões para a composição da equipe de seu sucessor, o governador Silval Barbosa (PMDB) e afirma que só “ligará a chave” em 1º de fevereiro, dia de sua posse.
Enquanto esfria a cabeça, em seu partido as discussões a cerca das eleições municipais só esquentam. O PR foi o primeiro a se posicionar sobre a disputa pela prefeitura de Cuiabá, chegando a lançar três possíveis nomes para concorrer ao cargo. O mesmo já acontece no município vizinho, com o risco da legenda perder um de seus candidatos naturais ao Executivo de Várzea Grande, o vice-prefeito, Tião da Zaeli.
Apesar da experiência e do papel de liderança que exerce, Maggi diz que não quer saber do embate. Além das sucessões municipais, o PR estuda a melhor forma de compor o staff do prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB), que disponibilizou uma de suas secretarias para os republicanos. Mesmo assim, o ex-governador diz que só participou de um encontro com a cúpula. “Sou apenas uma pessoa dentro do partido, participei de uma reunião só. O resto, o grupo que conduza”, comentou.
Ele sequer compareceu à cerimônica de posse de Silval e garantiu que não tem interferido nas decisões do peemedebista. “Eu tenho procurado deixar o governador trilhar seu caminho, andar com suas próprias pernas, tomar as decisões, certas ou erradas. A responsabilidade é dele, não é mais minha”, esclareceu. “Passei oito anos nomeando e exonerando, não quero mais essa responsabilidade”, concluiu.
Mesmo deixando claro que não quer envolvimento político até sua posse como senador, Maggi não nega que tem sido bastante assediado. “Vocês não imaginam a quantidade de gente que me procura para que eu interceda junto ao governador para que permaneçam em seus cargos”, pontuou. De acordo com o ex-governador, esse tipo de coisa é comum. “Não dá pra desligar tudo, querem retomar os fatos do passado, nossa opinião”, disse.
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