Polícia vai apurar morte do presidente do TJ-SP
O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Marcos Carneiro Lima, informou que o corpo de Santos foi submetido à autopsia "por cautela, em razão do cargo".
Segundo a assessoria do TJ, na semana passada o desembargador esteve internado no InCor (Instituto do Coração). Ele sofria de diabetes.
Segundo Lima, é "um inquérito policial que versa sobre morte suspeita, no sentido genérico, porque ficou a suspeição de forma vaga, apenas para que não haja questionamentos futuros".
Segundo Carneiro, o médico do desembargador recomendou a realização da autópsia. A casa de Santos passou por uma vistoria da polícia e nenhuma irregularidade foi encontrada no local, segundo o delegado-geral.
"Tudo indica que foi uma morte natural, mas somente por um laudo mais apurado não haverá dúvidas sobre o que aconteceu", disse.
De acordo com Lima, não há suspeitos de uma eventual participação na morte do desembargador. "Há apenas uma precaução em razão da função que ele [Santos] exerceu", afirmou.
O rumo do inquérito será dado pelo resultado da autópsia, segundo Lima. "Se o laudo vier com um indicativo de que algo causou a morte, aí a investigação terá desdobramentos", declarou.
O TJ suspendeu o expediente judiciário das 13h de ontem até as 13h de hoje.
A corte paulista decretou a suspensão dos prazos processuais nos dias 26 e 27.
Com a morte de Santos, cujo mandato iria até o final deste ano, o tribunal convocará novas eleições para a presidência da corte. O cargo foi assumido provisoriamente pelo desembargador Antonio Luiz Reis Kuntz.
Santos se formou em 1965 na Faculdade de Direito da USP e ingressou na magistratura em 1969. Foi promovido a desembargador em 1988 e assumiu a presidência do TJ no início de 2010.
Santos será sepultado na manhã de hoje, no Cemitério Gethsêmani, na capital.
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