Nokia alerta para fraco desempenho em 2011; lucro cai
A Nokia apresentou nesta quinta-feira a terceira queda consecutiva no lucro trimestral, em meio às dificuldades para concorrer no segmento de smartphones. A companhia também alertou para um desempenho fraco no início deste ano, o que fazia suas ações despencarem.
As ações da maior fabricante mundial de celulares recuavam 0,77% às 12h15 (horário de Brasília).
Stephen Elop, que assumiu o cargo de presidente-executivo em setembro passado, disse que a companhia vem enfrentando desafios consideráveis em termos de concorrência e execução.
"Os resultados indicam uma tarefa dura para Elop em 2011", afirmou o analista Geoff Blaber, da CCS Insight. "O volume total abaixo do esperado, incluindo smartphones, apontam que os dias serão difíceis para a Nokia".
Elop deve apresentar um novo plano estratégico para a Nokia em 11 de fevereiro.
O mercado de celulares se recuperou de uma queda em 2009, quando a crise econômica mundial prejudicou a demanda por equipamentos novos. Agora, a demanda pelos smartphones iPhone4, da Apple, e Galaxy S, da Samsung, vem avançando.
A Nokia, no entanto, deixou a desejar no segmento de celulares inteligentes desde o lançamento do N95, em 2006, antes da forte entrada da Apple no mercado.
A participação da Nokia no mercado de smartphones caiu para 13% no último trimestre de 2010, ante 38% no anterior.
A fatia de liderança antes detida pela companhia em mercados emergentes também vem sendo tomada por fabricantes chinesas de menores custos.
As vendas da Nokia, excluindo smartphones, caíram 10% no quarto trimestre na relação anual, segunda queda trimestral consecutiva, em sentido contrário ao crescimento visto no segmento como um todo.
A empresa teve lucro antes de juros e impostos de 0,22 euro (US$ 0,30) por ação, ligeiramente acima da previsão de analistas, de 0,19 euro, segundo pesquisa da Reuters.
A Nokia adiantou que sua margem de lucro operacional para a unidade de celulares no atual trimestre deve recuar para entre 7% e 10%, ficando abaixo da previsão do mercado de 10,2%.
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