PSOL articula candidatura própria no Senado contra Sarney
O PSOL articula o lançamento de candidatura própria à presidência do Senado em um contraponto ao único senador na disputa, José Sarney (PMDB-AP).
O partido pretende lançar o senador eleito Randolfe (PSOL-AP), o mais jovem a ingressar na Casa, com o objetivo de firmar posição em defesa da ética no Senado na nova legislatura.
"Podemos trabalhar pela candidatura do Randolfe para um pólo contrário à candidatura do senador Sarney. Depois que o Renan [Calheiros] saiu da presidência e o Sarney entrou, não houve nada que reconstituísse o cenário da retomada ética da Casa", disse a senadora eleita Marinor Brito (PSOL-PA).
Se não optar pela candidatura alternativa, o partido vai se abster ou anular os votos em Sarney. "Não votaremos no senador Sarney. Queremos que o Senado e a Câmara se postem de pé em relação ao Executivo", disse Randolfe.
Na Câmara, o partido também não descarta lançar candidato próprio. O PSOL decidiu não apoiar a candidatura do deputado Marco Maia (PT-RS) nem de Sandro Mabel (PR-GO).
"Temos outra visão de governabilidade na Câmara. Um acordão, inclusive envolvendo a oposição, não contribui para esclarecer os problemas que temos na Casa", disse o líder do PSOL na Câmara, deputado Ivan Valente (SP).
PAUTA
As bancadas do PSOL na Câmara e no Senado apresentaram nesta quinta-feira uma pauta de prioridades do partido na nova legislatura, que terá início na próxima terça-feira.
O PSOL defende a aprovação da reforma política, com o financiamento público de campanha, além de temas como a democratização dos meios de comunicação e a PEC (proposta de emenda constitucional) que acaba com o voto secreto no Legislativo.
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