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Política
Segunda - 31 de Janeiro de 2011 às 09:17

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Ao retornar hoje (31) à noite da Argentina, a presidenta Dilma Rousseff começa a se preparar para a estreia, em duas semanas, na sua primeira cúpula internacional. De 15 a 16 de fevereiro, Dilma vai ser uma das oradoras da 3ª Cúpula América do Sul-Países Árabes (Aspa), em Lima (Peru). Nesse encontro, as preocupações vão desde a segurança alimentar, por causa da alta dos preços dos alimentos, até o desenvolvimento sustentável.

A Aspa ocorre no momento em que o Egito, a Tunísia e o Iêmen vivem momentos de tensão política, que todo o Mercosul fortalece a criação do Estado Palestino e que o Brasil quer incrementar o comércio multilateral não só na região, como também com parceiros considerados pouco tradicionais.

Porém, a alta do preço dos alimentos, a falta de água nos países árabes e os problemas gerados por causa da desertificação guiarão a maior parte das discussões. O Brasil ocupará lugar de destaque em decorrência dos programas sociais de transferência de renda. A exemplo brasileiro, os estrangeiros querem elevar a qualidade de vida dos mais pobres pondo em prática algumas medidas pontuais.

Dilma deve mencionar todos esses aspectos nas duas ocasiões em que discursará. Em um primeiro momento, a presidenta falará para os empresários – sul-americanos e árabes - , em seguida ela vai se dirigir aos 33 chefes de Estado e governo presentes no evento. É a primeira vez que Dilma participa de uma reunião multilateral.

Em 2003, foi criada a cúpula a partir de uma sugestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desde então, árabes e sul-americanos buscam estreitar relações em várias áreas. Há sete subcomissões que tratam de temas como direitos humanos, capacitação profissional, economia e comércio, ciência e tecnologia, assuntos sociais, agricultura e meio ambiente.

Responsável pela organização brasileira da Aspa, o chefe do Departamento de Mecanismos Interregionais do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Gilberto Moura, afirmou que a evolução das relações entre os países da América Sul e os árabes é visível em vários setores. “Houve uma aproximação total. Antes, havia até um desconhecimento de parte a parte, agora há um interesse mútuo em compartilhar e conhecer as realidades”.

Desta vez, os líderes políticos devem dar mais atenção às preocupações causadas por questões pontuais. No caso da crise política no Egito, na Tunísia e no Iêmen, mesmo que amenizada, deve ser aprovada uma declaração conjunta em defesa do ambiente democrático e do bem da população. O caso da criação do Estado Palestino também deve merecer destaque em apoio à autonomia e defesa da região.






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