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Política
Segunda - 31 de Janeiro de 2011 às 10:51
Por: Romilson Dourado

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Serys Marly deixa a cadeira de senadora e, derrotada à Câmara, fica à espera de alguma vaga em função pública
Serys Marly deixa a cadeira de senadora e, derrotada à Câmara, fica à espera de alguma vaga em função pública

Serys Marly Slhessarenko conclui nesta segunda (31) o mandato de 8 anos como senadora. Sai junto com Gilberto Goellner (DEM), que desde 2008 virou titular com a morte de Jonas Pinheiro. Entram nas vagas Blairo Maggi (PR) e Pedro Taques (PDT). Ambos se juntam a Jayme Campos (DEM), que permanece senador até 2014.

 Aos 65 anos, a ser completados em 2 de abril e divorciada, a petista mudou o perfil político assim que chegou no Congresso Nacional. Não é mais aquela parlamentar combativa de quando ocupou cadeira de deputada estadual por três mandatos consecutivos. Na época, liderava as massas junto aos movimentos populares, em defesa de direitos junto às organizações de sem-terra, sem-teto, mulheres, negros, minorias, sindicatos de trabalhadores, profissionais da educação e dos trabalhadores rurais. Se destacou também na luta contra a corrupção e o crime organizado. Da tribuna na Assembleia, ela denunciava o governo do Estado, apresentava dossiê, cobrava reivindicações da classe operária e partia para o ataque a qualquer crítica que recebesse.

Em 2003 chegava ao Senado a primeira mulher eleita à cadeira por Mato Grosso, com 574.563 votos. Começava ali uma nova fase política da petista. Passou a usar Marly no sobrenome e se distanciou das bases. Se juntou mais à burguesia, expressão muito utilizada nos movimentos de esquerda quando se referiam aos abastados.

Enquanto esteve senadora, Serys concorreu a duas eleições e foi derrotada. Primeiro, em 2006, quando disputou o governo estadual. Depois, no ano passado, tentou cadeira na Câmara dos Deputados e ficou como suplente. Sua expectativa agora é que a coligação PT/PMDB//PR abra espaço, dentro do esquema de rodízio, para vir a atuar como deputada. Houve até avanço nas negociações com o governador Silval Barbosa (PMDB) para ter Wellington Fagundes (PR) como secretário de Infraestrutura e Pavimentação Urbana, o que contemplaria Serys com cargo em Brasília. Mas Wellington pediu uma trégua.

Serys começou na vida pública como secretária de Educação de Cuiabá, em 1986. Dois anos depois, assumiu a pasta da Educação do Estado no governo Carlos Bezerra. Teve passagem "relâmpago". Em 1990, ela se elege estadual e permanece com cadeira na Assembleia até 2002, quando sai para estrear no Senado. Serys teve o nome envolvimento da máfia das ambulâncias e, mesmo sendo absolvida pelo Conselho de Ética do Senado, o que salvou o seu mandato, enfrentou desgaste sem precedentes, tanto que teve votação pífia como candidata a governadora. Ficou em terceiro lugar.

Contraponto

A petista enfatiza que fez jus ao cargo. Elenca vários projetos apresentados como deputada e senadora. Em Brasília, assegura que suas principais bandeiras foram incentivo à educação, à preservação do meio ambiente, o direito das minorias e das mulheres, a questão agrária, o combate ao trabalho escravo, infantil e à pedofilia.


 





Fonte: RD News

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