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Política
Segunda - 31 de Janeiro de 2011 às 15:32

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O PSOL decidiu apresentar candidatura própria para a presidência do Senado, e o nome escolhido para representar o partido é o do senador Randolfe Rodrigues (AP).

Aos 38 anos, Randolfe é o mais jovem senador eleito do país, e o mais votado nas eleições de 2010 no Amapá, com 203.259 votos. Em números absolutos, o mais votado da história amapaense.

Rodrigues vai disputar o comando do Senado com José Sarney (PMDB-AP), candidato à reeleição.

Em campanha, o peemedebista disse hoje que as irregularidades encontradas na Casa durante sua gestão no cargo foram "corrigidas" nos últimos dois anos.

Pivô do escândalo dos "atos secretos" ao lado dos ex-diretores do Senado Agaciel Maia e João Carlos Zoghbi, Sarney afirmou que as denúncias colaboraram para "corrigir aquilo que possa parecer errado" --apesar de o Senado ainda não ter colocado em votação a reforma administrativa com mudanças na estrutura da Casa.

"Nós temos uma imprensa que sempre é questionadora, de maneira que esta é uma Casa colegiada e isso [denúncias] até serve de colaboração, porque nós procuramos corrigir aquilo que realmente possa parecer errado, como aconteceu da outra vez, que todas as denúncias foram corrigidas e hoje nós estamos com o Senado perfeitamente ajustado", afirmou Sarney ao deixar o Senado nesta segunda.

Ao negar que a reforma administrativa do Senado esteja parada, Sarney disse que o texto só precisa passar pelo plenário para sair do papel --o que não ocorreu até hoje desde a crise que atingiu a Casa em 2009.

"A grande parte da reforma foi realizada, que foi essa parte relativa à carreira dos funcionários, que hoje está perfeitamente organizada, regulamos o problema de horas extras, o problema de passagens. Extinguimos 1,5 mil funções gratificadas, extinguimos 500 cargos, fizemos concurso e preenchemos, fizemos o plano de reformulação da Casa."

No site do Senado, no espaço dedicado à Presidência, foi incluído nesta segunda-feira uma sessão intitulada de "2009-2010: dois anos de grandes reformas". No texto, Sarney exalta reformas que diz ter implantado na Casa depois da crise, num típico discurso de candidato.

DISPUTA

O peemedebista reafirmou que aceitou disputar a reeleição porque não teve "outra solução", uma vez que seu nome é de consenso na Casa. "Há unidade do partido e o consenso da Casa também nesse sentido. Só me restava aceitar e prestar mais esse serviço ao Senado e ao país."

Sobre o PSOL lançar uma candidatura alternativa, Sarney disse estar tranquilo. "É um direito que têm os partidos e nós não podemos interferir na vontade dos partidos."

O peemedebista admitiu que seria oficialmente candidato somente na semana passada, depois de negar por mais de três meses que fosse disputar a reeleição. Nos bastidores, porém, o PMDB já negociava apoio ao seu nome e conseguiu construir unidade em torno do candidato, inclusive com a oposição.

A disputa pelo comando do Senado ocorre nesta terça-feira, depois que os novos senadores forem empossados nos cargos.






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