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Política
Terça - 01 de Fevereiro de 2011 às 11:00

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A campanha para a presidência da Câmara e do Senado foi marcada por propostas muitas vezes repetidas de outras eleições e, em sua maioria, de difícil execução.

Na Câmara, onde disputam dois candidatos da base aliada do governo de Dilma Rousseff, Marco Maia (PT-RS) e Sandro Mabel (PR-GO) apresentaram propostas de campanha que pouco diferem de promessas feitas pelos últimos presidentes.

No Senado, José Sarney (PMDB-AP), prestes a ocupar pela quarta vez a Presidência, fez uma campanha mais silenciosa já que até à véspera não tinha concorrente --Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) se declarou candidato ontem à tarde.

Sarney deu sinais públicos de que pretende dar continuidade ao que chama de "limpeza administrativa" da Casa, apesar da reforma com mudanças na estrutura do Senado não ter saído do papel durante sua gestão no comando do Legislativo.

Azarão na disputa deste ano, Mabel disse que, se eleito, dará início a construção de um novo prédio para aumentar o gabinete dos deputados no mesmo dia.

A ideia foi apresentada por Arlindo Chinaglia (PT-SP), que comandou a Câmara entre 2007 e 2008. Voltou à pauta em 2009, com Michel Temer (PMDB-SP), mas nem a licitação do projeto saiu do papel.

Melhoria dos demais espaços físicos e dos veículos de comunicação também são promessas que não saem das cartilhas dos candidatos.

Um tema mais subjetivo, mas tão recorrente quanto, é a valorização da Casa e de seus deputados. "Valorização da imagem e do papel da Câmara junto à sociedade", diz proposta que consta do site de campanha de Marco Maia.

"Antes tínhamos orgulho de ser deputado, agora, quando entramos no avião temos que tirar o broche de parlamentar", disse Mabel ao recorrer a uma das frases mais ouvidas entre os candidatos no passar dos anos.

Maior autonomia do Poder Legislativo com relação ao Executivo é outra pauta que está na cartilha de todos os candidatos.

A dificuldade em cumprir essa promessa acontece porque os últimos presidentes eleitos contavam com apoio do Planalto e, por isso, precisam seguir as orientações dos presidentes. O mesmo deve acontecer com Maia com relação a presidente Dilma.

No manual de conduta da campanha de candidatos azarões, que normalmente contam com o apoio do baixo clero, está a defesa de temas muitas vezes impopulares entre a sociedade, mas que agradam os deputados. Mabel, por exemplo, além de construir o anexo, promete vincular os subsídios dos congressistas aos dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Em uma das últimas sessões da Legislatura que acaba agora deputados aprovaram um reajuste em seus próprios salários de 61,8%, elevando os vencimentos de R$ 16,5 para R$ 26,7 mil.

VÉSPERA

Na véspera da escolha dos novos comandos do Congresso, ministros da presidente Dilma Rousseff lançaram uma ofensiva para garantir a vitória de Maia para a presidência da Câmara.

Enquanto os ministros da Saúde, Alexandre Padilha, e das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, participavam de um almoço entre Maia e a bancada do Norte, o ministros dos Transportes e presidente do PR, Alfredo Nascimento (AM), reunia a Executiva do partido para enquadrar Mabel.

Nascimento lançou um ultimato, avisando que o partido entrará com pedido de expulsão e perda de mandato caso Mabel insista na disputa. Chamado à liderança do PR, o candidato afirmou que não vai recuar. Pela manhã, esteve no Planalto para protocolar carta com propostas de campanha
 






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