Roubo de celular e ameaça motivaram menor a comprar arma e matar desafeto em Cuiabá
Adolescente confessa assassinato
Os 2 eram vizinhos. Luis era conhecido no bairro por praticar furtos e roubos para alimentar o vício da droga. Ele já tinha sido preso por envolvimento com o tráfico.
A mãe de D.C.S. disse que só ficou sabendo que o filho era autor do assassinato quando policiais procuraram pelo mesmo na casa onde ela mora. "Eu não acreditei e falei para eles que isso era impossível. Foi então que conversei com meu filho e ele confessou".
A ajudante de cozinha, que perdeu o emprego há poucos dias para resolver problemas do filho, disse que já tinha procurado o Conselho Tutelar em dezembro para pedir ajuda. O menor estaria envolvido com más companhias e passava dias fora de casa sem dar notícias. "É muito difícil para uma mãe ver o filho seguindo este caminho e não poder fazer nada. Eu não tinha para onde recorrer e pedi ajuda ao Conselho. Isso tudo poderia ter sido evitado".
Uma equipe de conselheiros tentou conversar com D.C.S., mas ele reagiu com agressão e quebrou o veículo a pedradas. "Ele não aceitou a ajuda. Não quis nem conversar. Sabemos que se ele tivesse nos ouvido isso (o assassinato) não teria ocorrido", relatou o conselheiro Wagner Vinícius.
Na delegacia, o adolescente disse pertencer a um grupo chamado "Os Capetinhas" do bairro Parque Cuiabá, com quem passava maior parte do tempo, mas negou usar drogas. Segundo ele, só matou Luis Fernando porque foi ameaçado.
A arma utilizada no crime foi comprada por R$ 300, já com munições, pelo próprio menor.
Crime - O corpo de Luis Fernando Marochio de Castro, 28, foi encontrado nos fundos de uma casa abandonada no bairro Parque Cuiabá, a 100 metros de uma rua movimentada.
Segundo o pai, o jovem saiu de casa em companhia de 3 colegas e foi em direção ao local para usar drogas, pois era dependente químico. Um dia depois, no final da tarde de quinta-feira, moradores ouviram disparos na região. Quando chegaram nos fundos da casa, encontraram Luis já sem vida.
Na semana passada, outro adolescente de 17 anos se apresentou na DHPP e confessou ter assassinado o ex-presidiário Júnior Rezende Barros, 21, no bairro Jardim Glória, em Várzea Grande.
Ele também teria cometido o crime porque estaria recebendo ameaças da vítima, que tinha saído há pouco tempo da prisão por causa de um crime de roubo. Ele tinha 4 passagens pela Polícia.
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