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Economia
Quarta - 02 de Fevereiro de 2011 às 13:25

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Pela primeira vez, o presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), admitiu buscar um acordo que garanta a antecipação do reajuste do salário mínimo previsto para 2012, em torno de 14%, de forma a garantir aumento real já neste ano.

Até semana passada, Paulinho descartava essa possibilidade. A CUT já havia se mostrado mais aberta. As centrais cobram um salário mínimo de R$ 580. O governo, em vias de anunciar um corte de dezenas de bilhões no Orçamento, bate pé em R$ 545.

Hoje, por acordo fechado entre centrais e governo em 2007, o reajuste do salário mínimo obedece à seguinte regra: crescimento do PIB de dois anos antes, mais a inflação do ano imediatamente anterior.

Como em 2009, o crescimento da economia brasileira foi nulo, o reajuste em 2011 sofre o impacto daquele ano, apesar de um crescimento estimado de mais de 7,5% em 2010.

"Nós toparíamos fazer um acordo para os dois anos [2011 e 2012]. Mantinha a política para os outros anos, 2013 e 2014, mas 2011 a gente faria um valor que valeria para os dois anos e isso poderia ser anunciado desde já. Poderia ser uma parte de antecipação, mas tem que ter aumento real. Nós não faremos nenhum acordo que não tenha aumento real de salário em 2011", afirmou Paulinho, na manhã desta quarta-feira (2), após reunião no Palácio do Planalto pelos ministros Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência) e Guido Mantega (Fazenda).

Inicialmente prevista para hoje, a segunda reunião entre govero e centrais sindicais foi adiada para a próxima sexta-feira (4), em São Paulo. Segundo Paulinho, a mudança ocorreu a pedido de Gilberto Carvalho, que quer se reunir separadamente com as centrais antes da reunião conjunta.

CORREÇÃO DO IR

Em relação à correção da tabela do Imposto de Renda, outra demanda das centrais, Paulinho afirmou que Mantega garantiu negociar a correção, mas, para isso, apelou para que os sindicalistas aceitassem os R$ 545 oferecidos pelo governo.

"O Mantega trouxe uma balinha pra reunuão. Disse que, com contingenciamento, só pode dar balinha", afirmou em tom de brincadeira.

Na semana passada, após a primeira reunião com as centrais sindicais, Gilberto Carvalho afirmou que a "tendência" do governo era corrigir a tabela pelo centro da meta inflacionária (4,5%). As centrais pedem correção de 6,46%. No entanto, Guido Mantega, no dia seguinte, desmentiu Carvalho e disse que a correção da tabela não estava em discussão no governo.

De acordo com Paulinho da Força, na reunião de hoje, Gilberto Carvalho esclareceu que a divergência já foi resolvida e que, ao dar a declaração, Mantega tinha acabado de voltar de férias e "não tinha entendido o que tinha sido discutido".

"O próprio Mantega disse que o governo está disposto a discutir a correção da tabela", afirmou o deputado, destacando que a divergência, agora, é quanto ao valor da correção.






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