Ventos a uma velocidade de até 250 km/h arrancaram telhados, derrubando árvores e cortando o fornecimento de eletricidade na medida em que a tormenta cruzava a região costeira do estado de Queensland.
"O núcleo destrutivo do ciclone Yasi está começando a atravessar a costa entre Innisfail e Cardwell, provocando imensas ondas", disse o Escritório de Meteorologia.
Para esse órgão, "seu impacto deverá ser o pior jamais observado nas últimas gerações".
O ciclone tocou a terra próximo de Mission Beach, uma região turística e agrícola, a 180 quilômetros ao sul de Cairns, perto de uma grande barreira de corais.
Os moradores e turistas da costa nordeste da Austrália aguardavam refugiados em suas casas e hotéis a chegada do ciclone, cuja intensidade tinha subido à categoria máxima 5.
As autoridades pediram aos moradores que ficassem em suas casas. "O prazo de evacuação terminou. Agora as pessoas precisam ficar onde estiverem", declarou a governadora do Estado de Queensland, Anna Bilgh.
As autoridades aconselharam preparar "um quarto de segurança", com colchões, uma rádio e víveres.
"As pessoas têm que saber que o teto de suas casas pode cair. Mas isso não afeta a estrutura da casa", declarou Ian Stewart, coordenador em caso de catástrofe em Queensland. "Ficarão ensopados, mas é muito mais perigoso ceder ao pânico e sair correndo de casa", estimou.
Os pacientes de dois hospitais de Cairns foram retirados em um avião militar para Brisbane, mais ao sul. A atividade estava suspensa nos aeroportos e nos portos das cidades da região.
O diâmetro do olho do ciclone é estimado em 35 km e sua "frente" em 650 km. A previsão é que atinja uma zona costeira muito povoada, entre Cairns e Cardwell, duas cidades de cerca de 130.000 habitantes cada.
A primeira-ministra, Julia Gillard, disse que o Yasi poderá ser o pior ciclone a atingir a costa australiana.
"Este é provavelmente o pior ciclone que nosso país já viu", disse.
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