Corregedoria vai apurar as denúncias de abusos cometidos na Capital e em Várzea Grande
PMs envolvidos em 2 agressões
Dois casos de agressão cometidos por policiais foram denunciados à Corregedoria da Polícia Militar (PM). Um deles ocorreu em Várzea Grande, envolvendo o soldado Maurício Alves da Guia, que já foi preso no ano passado acusado de violência doméstica contra a mulher. Desta vez, ele teria se envolvido em uma briga com 2 jovens de 18 e 20 anos no bairro Vila Artur.
Segundo o boletim de ocorrência, registrado por uma guarnição da PM, uma mulher teria pedido ajuda para a equipe que passava pelo local. Eles pararam e viram o soldado em luta corporal com o jovem Douglas da Silva Pereira, 18. Este relatou que entrou na briga quando viu o policial agredindo o irmão dele, William da Silva Pereira, 20.
As agressões contra William foram graves. Ele foi socorrido pelo Serviço Móvel de Urgência e Emergência (Samu) e encaminhado ao Pronto-Socorro de Cuiabá com suspeita de traumatismo.
Douglas e o pai dele Sebastião França Pereira, 43, foram detidos. Policiais relataram que o jovem teria resistido à prisão, sendo necessário o uso de força para contê-lo.
Já o soldado Maurício da Guia teria foragido do local no momento da confusão. É o que a guarnição relatou no boletim de ocorrência. Os motivos da briga entre os 2 irmãos e o policial não foram informados.
Pedra 90 - O segundo caso ocorreu no bairro Pedra 90, em Cuiabá. O comerciante José Vitorino da Silva e o filho dele, de 17 anos, teriam sido agredidos verbalmente e fisicamente por um major e um cabo da 2ª Companhia de Polícia do bairro.
José Vitorino relatou, em entrevista à TV Record, que estava no estabelecimento com o filho quando uma viatura parou e mandou alguns jovens que estavam em frente ao local colocarem as mãos na parede. "Eu disse que meu filho não precisava porque estava trabalhando comigo. Eles entraram na loja e disseram "cala boca vagabundo". Me puxaram pelo colarinho da camisa e aí começaram as agressões".
O comerciante se diz injustiçado e humilhado, já que mora e trabalha há 20 anos no local. "Eles pegaram meu documento de identidade e viram que sou natural da Paraíba, aí disseram "Oh Paraíba, tu veio dos quinto dos inferno para incomodar nós aqui".
Pai e filho foram colocados na viatura e encaminhados à Central de Flagrantes. O menor conta que recebeu várias agressões da guarnição, além de xingamentos e foi colocado em uma cela junto de outros presos.
As acusações contra os PMs será investigada pela Corregedoria.
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