Bovespa cai 0,90%; ações do PanAmericano perdem 9%
Os mercados permanecem bastante cautelosos, sob expectativa do fundamental relatório sobre emprego nos EUA, previsto para esta sexta-feira. Nem os indicadores favoráveis publicados nesta quinta animam o apetite por risco nas Bolsas de Valores tanto na Europa quanto nos EUA, afetando os negócios na Bolsa brasileira.
As ações do banco PanAmericano, que valorizaram mais de 50% em dois dias, sofrem perdas de 9% nesta rodada, outra vez com forte volume financeiro, na casa dos R$ 50 milhões.
O índice Ibovespa, que reflete os preços das ações mais negociadas, desvaloriza 0,90%, aos 66.090 pontos. O giro financeiro é de R$ 2,48 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, perde 0,36%.
O dólar comercial é cotado por R$ 1,672, em alta de 0,23%. A taxa de risco-país marca 165 pontos, número 0,60% acima da pontuação anterior.
Entre as primeiras notícias do dia, o Departamento de Trabalho dos EUA revelou que o total de solicitações iniciais pelos benefícios de auxílio-desemprego caíram até a semana passada, numa redução de 42 mil registros, para um montante de 415 mil. Economistas do setor financeiro projetavam uma cifra muito superior, na casa dos 457 mil.
Essa demanda é vista como um importante termômetro das condições do mercado de trabalho local, justamente um dos pontos fracos no processo de retomada econômica.
Outro órgão do governo americano também revelou números também fundamentais dessa economia: o Departamento de Comércio reportou um crescimento de 0,2% no volume de encomendas ao setor industrial, abaixo das projeções de 1,3%. No acumulado de 2010, esse indicador teve um crescimento de 11,9%, o mais alto desde 1993.
E a entidade privada ISM apontou, em uma sondagem com empresários do setor de serviços, o 14º mês consecutivo de expansão do nível de atividade, e num ritmo até mais forte do que o esperado: o índice que sintetiza os resultados dessa pesquisa teve uma leitura de 59,4 pontos em janeiro, ante 57,1 em dezembro.
Ainda no front externo, o escritório de estatísticas europeu, o Eurostat, informou que o volume de vendas no setor varejista sofreu queda de 0,6% no mês de dezembro, entre os países da zona do euro. Na comparação com dezembro de 2009, o resultado é ainda pior, mostrando uma retração de 0,9%.
EMPRESAS
Grandes empresas aqui e no exterior já divulgaram lucros robustos pela manhã. O destaque maior é a Unilever (produtos de higiene pessoal), que entrou um lucro de 955 milhões de euros (aproximadamente US$ 1,32 bilhão) no quarto trimestre, em um crescimento de 15% sobre os resultados de um ano atrás. O lucro por ação foi de 0,33 euro no último trimestre do ano passado, ante projeções de 0,30 euro por ação.
No front doméstico, o Banco Santander alcançou o lucro líquido recorde de R$ 7,382 bilhões em 2010 em suas operações brasileiras, que representa aumento de 34% na relação com 2009. No quarto trimestre, o resultado foi R$ 1,918 bilhão, 20,5% acima do mesmo período de 2009.
Já a credenciadora de cartões Redecard anunciou lucro líquido de R$ 348,7 milhões no quatro trimestre de 2010, queda de 13,4% na comparação com o mesmo período de 2009.
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