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Polícia
Quinta - 03 de Fevereiro de 2011 às 17:54
Por: Dayane Pozzer

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A Polícia Civil de Rondonópolis anunciou nesta quinta-feira (3), durante coletiva à imprensa, a conclusão do inquérito sobre a tentativa de assalto a distribuidora de bebidas da Coca-Cola, em Rondonópolis, na madrugada do dia 23 de janeiro. A ação criminosa teve a participação de três policiais militares que atuavam há sete anos no município.

O inquérito foi conduzido pelo delegado Juliano Carvalho da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) e pelo delegado regional Lauriberto Donizette de Godoy. De acordo com eles, 12 pessoas foram ouvidas. Os delegados confirmaram a participação direta no crime dos soldados da PM, Genival Ferreira de Souza, de 29 anos, Julierne Franklin Anacleto, 28 anos, e Ricardo Duarte Neves, 33 anos. Julierne foi encontrado morto com um tiro na cabeça na manhã seguinte ao crime.

A participação do suspeito José Leandro da Silva, preso no mesmo dia do fato, também foi confirmada pelos delegados. Conforme Juliano entraram na empresa para efetuar o roubo os soldados Ferreira e Franklin, além de José Leandro. Também continua preso e foi indiciado Ricardo Alves Nunes, proprietário do veículo Ford Ranger utilizado na tentativa de assalto. Ele tentou despistar a Polícia denunciando o furto do veículo, na manhã do dia do crime, mas os investigadores já sabiam que o veículo estava emprestado há vários dias.

Godoy explicou ainda que a distribuidora de bebidas foi escolhida para o furto, pois os criminosos sabiam que o estabelecimento não vende à prazo e, portanto, a quantia de dinheiro guardado no cofre da empresa poderia ser alta. O delegado ressaltou que o grupo não contou com informações privilegiadas do local fornecidas por funcionários, pro exemplo.

Na semana passada, durante mandado de busca e apreensão na casa do soldado Duarte foram encontrados coletes à prova de balas, computadores e extratos bancários. Os objetos serão encaminhados para a perícia técnica em Cuiabá, junto com a pistola 380 encontrada dentro do Ford Ranger, que seria a arma particular do soldado Ferreira, e as demais armas utilizadas no crime.

Os delegados destacaram ainda que concluíram o inquérito em 10 dias, que é o prazo estabelecido e os documentos serão encaminhados para a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) que vai investigar o caso. Os responsáveis pelo inquérito não repassaram nenhuma informação sobre a possibilidade de participação do grupo em outros crimes, como assaltos a caixas eletrônicos. A suspeita surgiu, pois um dos integrantes, José Leandro, já trabalhou com sistemas de alarmes e saberia ativar e desativar os equipamentos.





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