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Polícia
Sexta - 04 de Fevereiro de 2011 às 07:00
Por: KATIANA PEREIRA

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MidiaNews
Fachada da Lotus, no Centro de Cuiabá: boate volta a ser palco de confusão envolvendo clientes
Fachada da Lotus, no Centro de Cuiabá: boate volta a ser palco de confusão envolvendo clientes

A vendedora Ana Carla Silva, 21, afirmou nesta quinta-feira (3), em entrevista ao MidiaNews, que teme perder o emprego, depois de ter sido alvo de uma confusão na Boate Lotus, em Cuiabá. Ana Carla e a amiga Karla Karoline Alencar, 21, alegam que foram agredidas, humilhadas e expulsas da casa noturna, localizada na Rua 24 de Outubro, no bairro Popular.

A vendedora contou que estava na boate em companhia de uma equipe de trabalho da empresa onde trabalha e amigos. Toda a confusão, segundo ela, causou um mal-estar no ambiente profissional, uma loja de departamentos, em um shopping center da Capital.

"Eu acabei de assumir uma nova função. Estava comemorando com minha equipe e passei por essa humilhação. Fui arrastada sem ter como me defender, não me deixaram falar", contou Ana Carla, acusando seguranças a boate.

Além da suposta agressão e humilhação, a jovem revelou que foi ameaçada por seguranças. "Quando fomos expulsas da Lotus, falamos para os seguranças que iríamos procurar a Polícia e que a história não ficaria assim. O segurança, que se identificou como Marco Antônio, disse que anotou a placa de nosso carro, insinuou que teria dez irmãos e que deveríamos decidir se era isso mesmo que queríamos fazer", disse Ana Carla.

Segundo a garota, a confusão na boate e a divulgação do episódia na mídia geraram uma cadeia de problemas considerados desnecessários. "Nós falamos apenas com o site MidiaNews, mas outros veículos estão distorcendo a história. Somos as vítimas, fomos agredidas sem motivos e expulsas. Não existe problema em não poder pagar a conta, tínhamos o dinheiro. Foi uma falta de respeito com todos nós", disse.

Entenda o caso 

Ana Carla e Karla Karoline registraram um boletim de ocorrência no Centro Integrado de Segurança e Cidadania (CiscO do bairro Verdão,, na madrugada do último domingo (30), alegando que foram agredidas nas dependências Boate Lotus.

As duas acreditam que a agressão teve motivação homofóbica. A festa na boate era destinada ao público GLBT (Gays, Lésbicas, Bixessuais e Travestis).

Em entrevista ao MidiaNews, na terça-feira (1º), Karoline e Ana Carla contaram que a confusão começou por volta das 4 horas da manhã, quando foram usar o banheiro da boate.
"Entramos no banheiro e, quando saímos, vimos uma conhecida brigando com uma funcionária. Eu fui separar as duas e pedi para minha colega se controlar. Nesse momento, duas seguranças da boate, identificadas como Valquíria e Flávia, me seguraram e começou a agressão", disse Karoline.

A estudante disse que foi levada à força para uma área dentro da casa noturna. "Eu e minha amiga fomos arrastadas na frente de todas as pessoas, como se fôssemos criminosas, para um bequinho dentro da Lotus. A segurança pisou no meu pé, me agrediu, fiquei muito nervosa. Elas não me deixavam falar, eram muito fortes, não consegui me soltar", revelou Karoline.

A vendedora Ana Carla disse que foram expulsas da boate com violência. "Jogaram a gente para fora da casa. Falaram que estávamos proibidas de entrar na boate. Esperamos a casa fechar e fomos fazer o boletim de ocorrência, acompanhada dos funcionários da Lotus", contou.

Outro lado

O diretor da Lotus, Tales Filho, deu outra versão para o relato. "Elas agrediram uma faxineira da boate, por motivos pessoais. Nesse instante, entrou a equipe de seguranças no banheiro feminino para apartar a briga. E convidar as meninas para se retirarem da boate", disse, em entrevista ao MidiaNews, por telefone.

Ele confirmou que as seguranças citadas pela estudante trabalham, de fato, no estabelecimento.

O diretor contou, também, que as meninas foram até o caixa, pagaram a conta e ficaram do lado de fora da boate, esperando para bater na funcionária da Lotus.

"Elas ficaram esperando do lado de fora para continuar a agressão. Nesse momento, chamamos a Polícia e elas se dispersaram", contou Tales Filho.

Ele disse que a situação será resolvida com apoio jurídico. "É complicado uma funcionária, faxineira, trabalhar a noite toda por R$ 50 e ainda agüentar agressão de cliente. Vamos acionar o [setor] jurídico e mover uma ação contra as moças, por calúnia e difamação. Falar é fácil, quero ver ela provar isso", afirmou.






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