Labamba desenterra briga, cobra a expulsão e a cassação de Adevair
O secretário-geral do diretório do PDT em Cuiabá, Dito Labamba, vai pedir a cassação do mandato do vereador pedetista Adevair Cabral e a exulsão dele do partido. Para tanto, Labamba já se reuniu com seus advogados e vai anexar ao pedido recortes de jornais e gravações em que Adevair ameaça dar um “cacete” nele. “Um parlamentar não pode fazer o que ele fez.Estou reativando os meus pedidos”, afirmou Labamba.
O episódio ocorreu em abril do ano passado, quando o parlamentar deixou o comando da pasta de Cultura e retornou à Câmara. Na época, ele indicou Sérgio Cintra para substituí-lo, causando a ira do diretório municipal, que queria emplacar Paola Reis. Em meio à polêmica, Labamba registrou um boletim de ocorrência em que acusa Adevair de tê-lo ameaçado de morte devido a divergências político-partidárias. Irritado, o vereador respondeu: "Matar eu não vou, mas vou dar um cacete nele na frente de todo mundo, isso eu posso fazer mesmo".
Agora, nove meses depois, Labamba está determinado a “desenterrar” o caso e pretende comprar a briga com Adevair. Já acionou o parlamentar no Conselho de Ética da sigla, presidido por Rodrigo Rodrigues, e ainda nesta sexta (4) procurará o presidente da Câmara Júlio Pinheiro (PTB) para solicitar que a Comissão de Ética da Casa o investigue por quebra de decoro parlamentar. Ele reclama que chegou a fazer pedido semelhante ao ex-chefe do Legislativo, Deucimar Silva (PP), mas que o requerimento foi “engavetado”, sem ao menos ser lido em plenário.
Irado, Adevair ameaça "dar cacete" em secretário do PDT
A última vez que a Comissão de Ética da Câmara foi acionada foi em 2009, para investigar a conduta de Ralf Leite (PRTB), que acabou sendo cassado por quebra de decoro parlamentar. Apesar de haver um forte movimento entre os membros da Executiva municipal para que Adevair seja punido, ele conta com o apoio de lideranças estaduais importantes como o senador Pedro Taques, que deve interferir na situação. Internamente, Taques defende que a Executiva municipal foi eleita da maneira errada e que, por isso, não teria validade.
O problema é que eles conseguiram registrar o grupo junto à Justiça Eleitoral, tendo sim poder para, por exemplo, expulsar Adevair. Em meio ao “impasse”, o caso envolvendo o parlamentar começa a caminhar para um desfecho. A tendência é que ele seja ouvido pelos membros e posteriormente haja uma definição. Já na Câmara não se sabe qual será o encaminhamento.
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