Assassino teria recebido R$ 50 mil para executar casal
O jovem Luiz Paulo da Silva, 22, acusado de assassinar o casal sequestrado em outubro do ano passado, informou que receberia R$ 50 mil pelo crime e o acerto teria sido feito com Raimundo Nonato Pereira da Silva, conhecido como B-18. O rapaz alega ainda estar arrependido e garante ter executado apenas o homem, mas não informa quais dos comparsas teria sido o autor dos disparos contra a mulher.
Luiz Paulo foi o responsável por poupar o filho do casal Raimundo Nonato Ferreira de Souza e Liliane Gois Saldanha, seqüestrados e assassinados pelo bando que queria o prêmio de R$ 1,4 milhão recebido pela vítima que acertou na Quina. O crime foi totalmente premeditado e idealizado por B-18 e Ivan Rosa Moreira, que está foragido.
O jovem confessou que recebeu R$ 50 mil para participar do crime e informou que não era amigo de B-18, apenas o conhecia de vista, mas mesmo assim aceitou participar do sequestro e acabou sendo o autor dos disparos contra a vítima Raimundo, porém ele nega ter atirado contra Liliane.
Luiz Paulo tem ajudado a polícia nas investigações e teria informou que Ivan deu o tiro de misericórdia no casal, em seguida, verificou se ambos estavam mortos. Ele contou ainda que o foragido insistiu para que a criança, que estava no banco de trás do carro no momento do crime, também fosse morta. Porém, o jovem é pai de duas crianças, uma delas da idade do bebê e por isso resolveu poupar a vida do menino.
O assassino disse que este foi seu primeiro homicídio e confessou estar arrependido. “Este é o primeiro e último”, alegou durante entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (4), realizada na sede da diretoria da Polícia Civil.
Além de Ivan, B-18 e Luiz Paulo, também participaram do crime Ricardo Oliveira Queiroz, 27, e Lauro Rosa Bueno, 22. Ambos estão presos na Penitenciária Central do Estado.
Ricardo teria sido responsável por trazer o bando de Cacoal (RO) até Pontes e Lacerda. Ele conta que conhecia Lauro, que é sobrinho de Ivan, e ambos pediram que fossem levados até o município mato-grossense. Segundo Oliveira, o transporte foi apenas um favor ao amigo e sequer sabia do crime. Ele nega também ter participado do sequestro e ter recebido qualquer dinheiro para isso. No entanto, confessou ter recebido alguns “presentes” de Lauro.
Já Lauro confessou a participação no sequestro. Ele contou ter entrado na casa do casal e os levados até o resto bando no esconderijo. Pelo que se sabe, o jovem estava presente no momento da execução e também teria sido contra o assassinato da criança.
Luiz Paulo, Lauro e Ricardo estavam morando no bairro Nova Conquista em Várzea Grande e por estarem esbanjando dinheiro acabaram chamando a atenção da polícia.
Comentários