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Tecnologia
Sábado - 05 de Fevereiro de 2011 às 09:48

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Antes era pela fama, depois virou uma forma de negócio bastante lucrativa.

Desde o nascimento do primeiro vírus para PC, há 25 anos, as ameaças virtuais já passaram por mudanças de mentalidade e alvos e afetaram a indústria dos computadores permanentemente.

No começo, o objetivo de tentar invadir um computador era o desafio, o desejo de ser reconhecido como gênio da programação. "Em geral, [os vírus] travavam máquinas e infernizavam a vida do usuário", conta Fabiano Tricarico, da Symantec.

"CAUSA NOBRE"

O primeiro vírus para PC era quase que voltado para uma "causa nobre". Os irmãos Basit e Amjad Farooq Alvi criaram o Brain, em 1986, para infectar máquinas que tivessem versões piratas de seu software. O programa mostrava uma mensagem que orientava o infectado a procurar os irmãos Alvi para destravar a máquina.

Naquela época, o principal meio usado para a distribuição dos vírus era o disquete -acessório hoje praticamente extinto. Logo no começo, os principais alvos das ameaças virtuais eram as empresas, já que ter um computador ainda era caro.

Em 1998, foi registrado um vírus que alteraria a indústria de computadores. O Chernobyl foi a primeira praga que danificava o hardware da máquina -após uma infecção, o computador não poderia mais ser usado. A indústria teve que se adaptar para evitar que isso ocorresse novamente, diz Fábio Assolini, analista da Kaspersky.

VIRADAS

Ele conta que o final da década de 1990 marcou a virada de alvo do cibercrime: os primeiros grandes worms estavam sendo feitos para atacar o usuário final, já que os computadores haviam se espalhado pelas residências. Com o aumento do uso da internet, também era possível apelar para a rede para a disseminação da praga -o e-mail virou a ferramenta favorita dos piratas.

No início dos anos 2000, outra mudança forçaria a indústria a se adaptar: "O [worm] Blaster atacou máquinas se aproveitando de vulnerabilidades do Windows, e a Microsoft teve que fazer mudanças profundas no sistema", diz Assolini. Até hoje, vulnerabilidades dos sistemas são usadas como porta de entrada de ataques.

Nesse meio tempo, a mentalidade dos cibercriminosos foi mudando. "Hoje o foco é obter informações que valham dinheiro, como o número de cartão de crédito e dados pessoais do usuário", afirma Tricarico.

O trabalho também se tornou mais organizado, segundo ele. "Um grupo desenvolve pragas, outro compra a praga e obtém a informação do usuário e vende adiante para um terceiro grupo, que executa o roubo", relata o representante da Symantec.






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