Usei minha influência para conseguir doações ao município, diz Zaeli
No comando da secretaria de Infraestrutura de Várzea Grande desde abril do ano passado, o vice-prefeito Tião da Zaeli (PR) admite que a tarefa não é fácil. Em menos de um ano, ele rescindiu o contrato com quatro empreiteiras, fez um corte de 96 funcionários e dividiu a pasta em quatro regionais. Apesar da economia com os cortes, ele diz ter contado com ajuda de amigos para realizar algumas obras.
“Usando da minha amizade empresarial, consegui doações de madeira para arrumar todas as pontes de Várzea Grande e para reformar todos os bancos de praça. Consegui também a doação de pneus. Todas as máqiunas da prefeitura estão tocando seus pneus graças a essa doação”, declarou em entrevista ao programa Cidade Independente.
Ele, que já vem se lançando como candidato à sucessão de Murilo Domingos (PR) para as eleições de 2012, inclusive sendo sondado por outros partidos, afirma que a medida não visa o pleito. “Não estou aqui trabalhando na questão eleitoreira, estou preocupado com nosso município”, ressaltou.
Em relação à redução de gastos, ele comenta que apesar de muita gente reclamar do alto custo da folha de pagamento do município, na Infraestrutura ele fez um corte de 96 servidores. Os que permaneceram no local, no entanto, tiveram que acumular a função exercida pelas quatro empreiteiras que tiveram os contratos rescindidos. “Estas empresas custavam à prefeitura entre R$ 250 mil a R$ 300 mil por mês e essa economia está sendo feitas porque os funcionários estão fazendo esse serviço”, disse.
De acordo com Zaeli, uma das empreiteiras era responsável pela limpeza dos canteiros, duas delas, pelos serviços de tapa-buraco e outra pela manuteção de pontes. “O homem que varria a rua, agora tapa-buraco, limpa o canteiro e conserta ponte, na mesma qualidade que a empreiteira fazia, que ainda tá longe de ser a ideal”, pondera.
Para ele, o grande ganho para a pasta foi a regionalização dos serviços. “Agora tenho condições de saber o que acontece em cada região. Se um morador do Jardim Glória tiver algum problema, nós conseguimos chegar até lá em, no máximo em meia hora, porque ali tem um escritório, as máquinas e os homens trabalhando”, explicou. Além disso, o vice-prefeito ressalta que a medida permitiu maior controle e fiscalização sobre os serviços prestados. “Hoje não se ouve mais comentários sobre venda de aterro ou de combustível por parte dos servidores”, pontuou.
Comentários