Segundo a família, a criança está em coma induzido. Mas para a polícia, médicos teriam informado que houve morte encefálica. Sem comunicação oficial do caso, foi instaurado um inquérito que apura tentativa de homicídio.
A denúncia foi feita pela mãe da criança. Ela contou que no sábado (5), antes de sair para o trabalho, deixou a filha de 9 meses na casa dele, porque não tinha babá. Os dois estariam terminando um relacionamento, mas segundo ela, o rapaz era de confiança.
Pouco tempo depois ela recebeu um telefonema avisando que a filha estava internada.
“Entraram em contato com meus parentes e falando que era pra vir aqui para o Getúlio Vargas, que a minha filha tinha sofrido um acidente, eu pensei que era coisa comum de criança, né?”, contou a mãe.
A primeira constatação dos médicos era que a menina havia sofrido uma broncoaspiracão, depois de ingerir uma mamadeira e o líquido ter ido parar no pulmão. A menina teve uma parada cardiorrespiratória e entrou em coma.
Mas, no dia seguinte a internação, outros exames foram feitos porque ela não reagia a alguns estímulos. Os laudos revelaram que a criança estava com a clavícula quebrada e tinha vários sinais internos de espancamento em toda a cabeça.
“Ela está com traumatismo craniano, ela está em coma encefálico, ela está com vários pontos de hemorragia. Então, pelo eletro, a doutora afirmou que pela gravidade que a menina está ou a minha filha foi agredida ou a minha filha tomou uma queda muito grave”, contou a mãe.
O ex-namorado da mãe foi chamado pela polícia para dar esclarecimentos. Ele disse apenas que a menina havia caído de um colchonete.
“Não há a menor possibilidade de esta lesão ter sido provocada por uma simples queda. A própria médica que atendeu a criança acha que isso não era possível. A criança chorava muito”, disse o delegado Leandro Gontijo Alves.
O rapaz foi preso por tentativa de homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, com grau de crueldade e sem chances de defesa para a vítima. Segundo a polícia ele tinha uma convivência rotineira com outras crianças. Ele morava num quarto de uma casa onde funciona uma creche no Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, no subúrbio do Rio.
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