Sony quer vender mais TVs em 2011 e 2012, diz executivo
A Sony quer estimular suas vendas estagnadas de televisores no próximo ano fiscal, que se inicia em abril, e vai variar seu sistema de aquisição de painéis LCD a fim de ajudar a reduzir os custos e a tirar do vermelho suas problemáticas operações televisivas, disse um importante executivo da empresa.
Elevar as vendas será um desafio, já que as sul-coreanas Samsung e LG, as duas maiores fabricantes mundiais de TVs de tela plana, estipularam metas ambiciosas para o ano, e o crescimento do mercado deve se desacelerar.
Na semana passada, a Sony reduziu sua projeção de vendas de TVs de tela plana para o ano fiscal que se encerra em março em 2 milhões de unidades, para 23 milhões, devido à demanda inferior à esperada na temporada de festas e ao atraso no lançamento de novos modelos.
A Sony planeja superar esse total reduzido no próximo ano fiscal, que se encerra em março de 2012, disse o vice-presidente financeiro Masaru Kato.
"Devemos acompanhar o crescimento do mercado", declarou Kato em entrevista na sede da companhia em Tóquio, recusando-se a oferecer uma meta específica porque os planos ainda estão em discussão.
A Samsung planeja vender 45 milhões de unidades e a LG, 41 milhões de unidades de televisores em 2011.
O mercado mundial de TVs LCD deve crescer ligeiramente em 2011, pouco mais de 10% em termos de volume, ritmo bastante inferior ao dos últimos anos, de acordo com o grupo de pesquisa DisplaySearch. Os mercados em desenvolvimento devem crescer em 28 por cento, enquanto o volume de vendas deve cair ligeiramente nos mercados desenvolvidos.
A fabricante dos televisores Bravia e dos consoles de videogame PlayStation vêm sofrendo déficits em sua divisão de televisores há seis anos, e anunciou que registrará novo prejuízo no ano fiscal que se encerra em março, devido à força do iene, aos custos superiores aos antecipados para os painéis e à concorrência de preços.
As quedas nos preços também afetaram os lucros anunciados pelas rivais Panasonic e LG nas últimas semanas.
Comentários