Justiça bloqueia contas no caso PanAmericano
A Justiça bloqueou as contas de quatro empresas de Rafael Palladino, ex-superintendente do PanAmericano, por suspeitar que sejam fantasmas e que receberam recursos desviados do banco.
O PanAmericano era do apresentador Silvio Santos até a penúltima segunda-feira, quando foi vendido para o BTG Pactual por R$ 450 milhões. O banco teve um rombo de R$ 3,8 bilhões os R$ 3,35 bilhões de prejuízo nessa operação foram absorvidos pelo Fundo Garantidor de Créditos, entidade dirigida pelos bancos que recebe recursos dos depositantes. Silvio saiu sem dívidas.
A decisão do bloqueio foi tomada no último dia 21, como o jornal "O Estado de S. Paulo" informou nesta segunda-feira.
A suspeita de que são empresas fantasmas deve-se ao fato de que as quatro funcionam no mesmo endereço --um conjunto comercial na rua Pedroso Alvarenga, no Itaim Bibi, na zona oeste de São Paulo. A reportagem da Folha esteve no local e encontrou um consultório de psicologia e fonoaudiologia.
As empresas sediadas no mesmo endereço são: RCF Administração e Participações, Max Control Evento e Promoção, Max America Negócios Imobiliários e Max America Participações.
O pedido de bloqueio da Polícia Federal baseia-se na suspeita de que as empresas de Palladino recebiam de outras empresas de Silvio por consultorias que nunca foram prestadas.
OUTRO LADO
Segundo a assessoria de imprensa de Palladino, não há nada de irregular no fato de as empresas terem sede no mesmo endereço _o local abriga um consultório da mulher de Palladino, que é fonoaudióloga.
Não tem nenhum fundamento a hipótese de que Palladino recebia por consultorias não prestadas, de acordo com o ex-superintendente.
Ele prestou as consultorias que resultaram na construção do hotel Jequitimar e na compra de uma empresa de cosméticos que detém as marcas Hydrogen e Jequiti.
Essa empresa foi comprada por R$ 6,5 milhões e vale cerca de R$ 500 milhões, ainda de acordo com assessores.
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