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Cidades
Terça - 08 de Fevereiro de 2011 às 08:27
Por: Amanda Alves

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No chão e no corredor do Pronto-Socorro de Cuiabá, em instalações precárias, pacientes aguardam atendimento ou melhor ac
No chão e no corredor do Pronto-Socorro de Cuiabá, em instalações precárias, pacientes aguardam atendimento ou melhor ac
O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) e mais 3 entidades de classe acusam de negligentes os gestores da saúde pública de Cuiabá e Várzea Grande. Calamidade instalada nos serviços prestados nas 2 maiores cidades do Estado levou as entidades a recorrer ao Ministério Público. Eles querem a interferência da Justiça para colocar um fim no sofrimento de pacientes e na falta de condições de trabalho dos profissionais da área de saúde. Cenas como pacientes deitados no chão de corredores do Pronto-Socorro (PS) da Capital, apenas sobre lençol, além de parte do teto na iminência de cair e da superlotação da unidade ampliam o caos pelo qual passa o sistema nos últimos anos.

Ângela Maria de Carvalho, 40, desempregada, chora ao olhar para a mãe deitada em uma maca improvisada em um corredor da sala azul do PS. "Estamos aqui desde sexta-feira, ela está com problema no intestino e precisa de uma consulta com um gastroenterologista. Só que a até hoje (ontem), nenhum apareceu. Não sei mais o que fazer." Ela conta que saiu de Campo Novo dos Parecis (396 quilômetros ao Noroeste da Capital) com a indicação do médico de que a mãe precisaria de uma cirurgia. Porém, devido a falta de estrutura no município, elas deveriam procurar recurso na Capital.

No mesmo corredor o entregador de jornal, Edmar Luciano, 36, está em observação. A mãe, Eliete Luciano da Costa Araújo, 41, esticou um lençol branco no chão e colocou um travesseiro que trouxe de casa para apoiar a cabeça do filho. A 1h de sábado Edmar caiu de um caminhão e desde então só dorme. "Fomos na Policlínica e de lá nos encaminharam para cá. Um médico pediu raio-x, ele fez, mas agora precisa da tomografia. Vamos ter que ir para outro local, mas até agora não disseram nada."

Cristina Edena, 36, acompanha a mãe que tem o diagnóstico de edema agudo no pulmão. Apesar de seu quadro clínico necessitar de atendimento urgente, até a tarde desta segunda-feira ela era uma das pacientes que aguardavam sentadas em poltronas apesar de a enfermeira ter garantido que seria instalada em uma maca.
 





Fonte: A Gazeta

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