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Política
Terça - 08 de Fevereiro de 2011 às 16:09
Por: ANTONIELLE COSTA

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MidiaNews
O advogado Francisco Faiad que defende o governador reeleito Silval Barbosa
O advogado Francisco Faiad que defende o governador reeleito Silval Barbosa

O advogado Francisco Faiad, que defende o governador Silval Barbosa (PMDB), classificou como "inconsistente" o voto do juiz membro do Tribunal Regional Eleitoral, Jefferson Schneider, contra a aprovação das contas de campanha do peemedebista, nas eleições de 2010.

O julgamento teve início ontem (7) à noite, mas foi adiado, em função do pedido de vistas do juiz Sebastião de Arruda Almeida.

Em seu voto como relator do processo, Schneider argumentou que havia muitas irregularidades na prestação das contas de Silval, tendo considerado como principal delas a emissão de "cheque guarda-chuva", que é sacado na boca do caixa para pagamento de despesas - nesse caso, com pessoal.

Ainda de acordo com o relator, Silval teria sacado R$ 11 milhões em espécie, valor que corresponderia a 50% dos recursos que o então candidato à reeleição arrecadou no decorrer da campanha do ano passado.

Para Faiad, o parecer contrário à aprovação das contas é "absurdo", pois, segundo ele, a utilização desse tipo de pagamento foi com base na orientação do próprio Tribunal Regional Eleitoral, cuja auditoria foi favorável à prestação das contas.

"Durante os três meses de campanha, foram contratados 11 mil cabos eleitorais. Para pagamento de todos com cheque, seria necessária a emissão de 33 mil folhas. Nenhum banco oferece tanto talão. É um absurdo isso. No Brasil inteiro, o procedimento é como no caso do Silval, inclusive, com orientação do Tribunal Superior Eleitoral", disse Faiad.

Auditoria

O advogado de Silval lembrou ainda que, a auditoria do TRE deu parecer favorável à aprovação das contas do governador por entender cabível a emissão dos cheques para o pagamento dos cabos eleitorais.

Faiad havia pedido que a responsável pela Contabilidade do TRE fosse ouvida durante a análise da prestação de contas, mas o requerimento foi negado. Segundo ele, se as contas forem reprovadas, ele irá recorrer, alegando cerceamento de defesa.

"Acreditamos ainda que o parecer de reprovação seja julgado improcedente, devido à inconsistência nos argumentos apresentados", afirmou o advogado.

O julgamento pode ser retomado na sessão plenária desta quarta-feira (9).






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