O corte é mais do dobro do montante bloqueado no Orçamento do ano passado - R$ 21,8 bilhões -, que havia sido o maior contingenciamento feito em oito anos de governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
A redução é anunciada num momento em que a inflação preocupa o governo. Na última terça, o IBGE anunciou que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de janeiro subiu 0,83%, maior aumento desde abril de 2005.
O Orçamento, aprovado pelo Congresso no ano passado, previa R$ 2,073 trilhões para 2011. Com o corte, o valor cai para R$ 2,023 trilhões, segundo a Agência Brasil.
O ministro da Fazenda disse que os cortes almejam manter a solidez fiscal, a redução do deficit nominal do país e a redução da dívida líquida, para garantir a expansão do investimento público e privado e permitir uma futura redução na taxa de juros.
O Orçamento foi calculado com base em uma previsão do PIB de R$ 4,5 trilhões e de um salário mínimo de R$ 545.
Mantega disse que serão retirados os estímulos, desonerações e subsídios estabelecidos após a crise econômica global de 2008.
Segundo o ministro, todos os ministérios serão afetados pelas reduções, mas os programas sociais do governo não sofrerão cortes.
A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, que fez o anúncio ao lado de Mantega, disse que a eficiência dos gastos públicos será um mantra, uma tarefa permanente do governo.
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