Tio e sobrinhos integram quadrilha que sequestrou e executou casal
A quadrilha responsável pelo sequestro e execução do casal Raimundo Nonato Ferreira de Souza e Liliane Goes Saldanha, na cidade de Pontes e Lacerda (500 km de Cuiabá), no ano passado é formada por quatro membros de uma família. O tio, Ivan Rosa Moreira, é apontado como líder do grupo e conseguiu envolver mais três sobrinhos no crime.
Osmar Rosa Moreira foi preso na tarde de sexta-feira (11) e apesar de não ter participado diretamente no crime, ele foi cúmplice e ainda ajudou a gastar o dinheiro. Assim como Valdenir Rosa Bueno, que é irmão de Lauro Rosa Bueno, 22 anos, responsável por invadir a casa das vítimas e levá-las ao cativeiro.
Lauro confessou a participação no crime e disse ter sido convidado pelo tio, no entanto, segundo ele teria recebido o calote, uma vez que não teria recebido o valor acordado. O jovem foi preso no dia 3 de fevereiro. O irmão, Valdenir, apresentou-se ao Grupo de Combate ao Crime Organizado da Polícia Civil (GCCO) e foi ouvido pelo delegado Luciano Inácio, porém foi liberado em seguida.
No início das investigações, conforme consta do relatório feito por Luciano Inácio, para embasar os pedidos de prisão, Osmar chegou a ser apontado como líder do bando. Porém com o decorrer das diligências e com as prisões dos demais membros do grupo, constatou-se que ele teria “ajudado” a gastar o dinheiro. Ele foi preso em uma república em Várzea Grande.
Osmar é ex-presidiário possui passagem por dois homicídios, um deles na Cadeia Pública de Várzea Grande e outro em Nortelândia. Ele também responde por assalto a mão armada em Diamantino. Ele foi presa por ter participado do assalto à distribuidora de bebida Crystal.
O delegado também suspeitou que Valdenir teria recebido um veículo Polo para se calar sobre o crime, pois ele sabia de detalhes do assassinato e a quadrilha teria medo dele delatar o grupo. Ele trabalha numa mecânica em Várzea Grande.
Além dos quatro integrantes da família Rosa, também estão envolvidos Luiz Paulo da Silva, 22, Ricardo Oliveira Queiroz, 27, ambos presos em Várzea Grande no dia 3 de fevereiro. Também tiveram participação no crime Raimundo Nonato Pereira da Silva e Sergio Luiz Pereira Fernandes, presos em Cacoal (RO).
A quadrilha executou o marido e a esposa e, durante quase quatro meses, pagou várias famílias para cuidarem do filho do casal, com pouco mais de um ano de idade.
As vítimas foram sequestrados em outubro de 2010 depois de terem recebido um prêmio da Quina de R$ 1,4 milhão, que Raimundo ganhou quando trabalhava como garimpeiro em Cacoal, no Estado de Rondônia.
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