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Economia
Segunda - 14 de Fevereiro de 2011 às 19:25

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Os preços do petróleo caíram nesta segunda-feira em Nova York, enquanto em Londres era negociado com uma diferença de 18 dólares, ante os riscos de um agravamento dos protestos no Oriente Médio.

No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação do "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em março terminou em US$ 84,81, em queda de 0,89% em relação a sexta-feira.

O mercado foi marcado pela ampliação do diferencial de preços já recorde entre o barril de WTI e o Brent, negociado em Londres. O barril do petróleo, de referência na Europa, fechou em alta de 1,62% no mercado de futuros de Londres, cotado a US$ 103,08.

Depois que a tensão no Egito --onde o presidente Hosni Mubarak renunciou após pressão popular-- afetou em um primeiro momento ambos os mercados, a situação em outros países produtores deixa os preços do Brent mais dinâmicos.

"Se acontecer algo, isso afetará mais diretamente o Brent que o WTI", explicou Rich Ilczyszyn, da Lind-Waldock. "Uma forma de reduzir (...) a tomada de risco é comprar um e vender o outro". "É uma forma de participar sem se expor unilateralmente.".

O mercado continua focado no desenvolvimento da situação no Oriente Médio, onde ocorrem manifestações.

"A transição no Egito será difícil, mas são as notícias sobre problemas latentes no Irã, exportador-chave, e sobre as manifestações cotidianas em Argélia, Bahrein e Iêmen que constituem uma preocupação mais direta para o mercado petroleiro", afirmaram analistas do JPMorgan Global Commodities Research.

Milhares de estudantes e advogados protestaram nesta segunda-feira no Iêmen, onde alguns manifestantes ficaram levemente feridos em confrontos. No Irã, várias milhares de pessoas enfrentaram a polícia nas ruas de Teerã e, no Bahrein, houve manifestações em Nuidrat.

"Apesar de estas tensões nas economias emergentes serem difíceis de quantificar, devem ser levadas a sério. As economias em desenvolvimento são preponderantes, tanto pelo crescimento da oferta como pela demanda de petróleo", afirmaram os analistas.
 






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