Petróleo cai em NY apesar de tensões geopolíticas
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação do "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em março terminou em US$ 84,81, em queda de 0,89% em relação a sexta-feira.
O mercado foi marcado pela ampliação do diferencial de preços já recorde entre o barril de WTI e o Brent, negociado em Londres. O barril do petróleo, de referência na Europa, fechou em alta de 1,62% no mercado de futuros de Londres, cotado a US$ 103,08.
Depois que a tensão no Egito --onde o presidente Hosni Mubarak renunciou após pressão popular-- afetou em um primeiro momento ambos os mercados, a situação em outros países produtores deixa os preços do Brent mais dinâmicos.
"Se acontecer algo, isso afetará mais diretamente o Brent que o WTI", explicou Rich Ilczyszyn, da Lind-Waldock. "Uma forma de reduzir (...) a tomada de risco é comprar um e vender o outro". "É uma forma de participar sem se expor unilateralmente.".
O mercado continua focado no desenvolvimento da situação no Oriente Médio, onde ocorrem manifestações.
"A transição no Egito será difícil, mas são as notícias sobre problemas latentes no Irã, exportador-chave, e sobre as manifestações cotidianas em Argélia, Bahrein e Iêmen que constituem uma preocupação mais direta para o mercado petroleiro", afirmaram analistas do JPMorgan Global Commodities Research.
Milhares de estudantes e advogados protestaram nesta segunda-feira no Iêmen, onde alguns manifestantes ficaram levemente feridos em confrontos. No Irã, várias milhares de pessoas enfrentaram a polícia nas ruas de Teerã e, no Bahrein, houve manifestações em Nuidrat.
"Apesar de estas tensões nas economias emergentes serem difíceis de quantificar, devem ser levadas a sério. As economias em desenvolvimento são preponderantes, tanto pelo crescimento da oferta como pela demanda de petróleo", afirmaram os analistas.
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