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Internacional
Quarta - 16 de Fevereiro de 2011 às 09:45

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AFP
A dançarina marroquina Karima El Mahroug, a Ruby, sorri em sessão de fotos em 30 de janeiro na cidade italiana de Rimini
A dançarina marroquina Karima El Mahroug, a Ruby, sorri em sessão de fotos em 30 de janeiro na cidade italiana de Rimini

 O premiê da Itália, Silvio Berlusconi, disse nesta quarta-feira (16) que não está preocupado com o caso Rubygate, pelo qual vai a julgamento em abril.

Ele afirmou que pretende ficar até o fim de seu mandato, em 2013.

Foi a primeira declaração do primeiro-ministro depois que, na véspera, a juíza Cristina Di Censo, do Tribunal de Milão, decidiu aceitar o pedido da promotoria e julgá-lo imediatamente pelas acusações de prostituição de menor e de abuso de poder.

O julgamento, pela via do "processo acelerado", deve começar em 6 de abril no Tribunal de Milão, no qual Berlusconi tem pendentes outros dois processos.

A decisão ocorreu em meio a crescentes protestos pela renúncia do premiê.

Berlusconi será julgado por supostamente ter pago pelos serviços sexuais de Ruby, apelido da jovem marroquina Karima el-Mahrung, quando ela era menor de idade, entre fevereiro e maio de 2010, e pela intervenção com a polícia de Milão para que ela fosse libertada, depois que ela foi detida por roubo na noite de 27 de maio.
 
Ele não precisará comparecer pessoalmente nessa etapa, mas o anúncio representa um duro golpe político para o primeiro-ministro, de 74 anos, e que governa sem uma maioria sólida no Parlamento.

Os advogados do primeiro-ministro disseram que ela "era esperada".

O premiê vem negando as acusações e diz que elas se tratam de um complô para arruina-lo politicamente.

Mas mesmo instituições politicamente conservadoras como o Vaticano e a Confederação das Indústrias (Confindustria) começaram a criticá-lo.

As pesquisas mostram que o escândalo abalou a imagem pública de Berlusconi, que nas últimas semanas tem se empenhado em recrutar deputados de pequenas facções partidárias, a fim de recompor sua maioria parlamentar.

Usando material de gravações telefônicas, os jornais vêm detalhando relatos de animadas festas sexuais na mansão de Berlusconi perto de Milão, das quais as moças saíam carregando dinheiro e joias.

O Rubygate é o terceiro escândalo sexual no qual Berlusconi se envolveu. Em maio de 2009, houve o caso Noemi, uma menor com quem o Cavaliere se encontrava e que acabou levando a mulher do chefe de governo a pedir o divórcio, e, em junho de 2009, o caso D"Addario, uma prostituta que tornou pública uma noite tórrida com Berlusconi.

Mas este é o caso mais grave, já que é passível de três anos de prisão por prostituição e doze anos de reclusão por abuso de poder.

Uma das dirigentes de oposição de esquerda, Anna Finocchiaro, do Partido Democrata, exigiu a saída de Berlusconi para preservar a credibilidade da Itália no mundo.






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