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Política
Quarta - 16 de Fevereiro de 2011 às 22:51

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Na tentativa de preservar a unidade do partido depois do racha, o DEM fechou acordo nesta quarta-feira para lançar chapa única ao comando da legenda.
O senador José Agripino Maia (DEM-RN) foi eleito por consenso o candidato à presidência do DEM, mas abriu espaço na chapa para aliados do ex-senador Jorge Bornhausen (DEM-SC) e do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM).

Apesar da cúpula do DEM dar como certa a saída de Kassab do partido, o acordo atende à reivindicação do prefeito para permanecer na sigla.

O prefeito paulistano queria aumentar o poder político de seu grupo na legenda.

O DEM abriu sete vagas na executiva nacional para encaixar aliados de Kassab e do atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), desafeto do prefeito.

O grupo de Maia continua tendo a vantagem de cinco votos na executiva, mas a decisão política de abrir espaço para aliados de Kassab tem como objetivo evitar que a sua saída seja atribuída às divergências dentro da sigla - deixando na conta do próprio prefeito a sua eventual desfiliação.

O ex-senador Marco Maciel (DEM-PE), que seria lançado adversário de Agripino pelo grupo de Bornhausen, vai ser candidato à presidência do Conselho Político do DEM na chapa única.

O ex-deputado Índio da Costa (DEM-RJ), ligado ao grupo de Kassab, também ganhou assento na executiva ao ser lançado na chapa como vice-presidente de Infraestrutura.

Mesmo com a concessão ao grupo de Kassab, o partido admite que a situação do prefeito permanece indefinida.

Não há onde buscar divergências. O partido fez de tudo para que isso [saída do Kassab] não viesse a acontecer. Desejamos que ele permaneça, e esse foi o nosso esforço, disse Agripino.

Candidato único à presidência da sigla, o senador disse que as facções vão deixar de existir no DEM depois do acordo.

Sendo eleito presidente, não vou abrir mão de facção nenhuma. Somos todos Democratas, agora sem facções.

Desafeto de Kassab, Maia disse que o acordo foi construído com diálogo que vai permitir à sigla não ter vencidos ou vencedores.

Num recado a Kassab, que ameaça a se filiar ao PMDB ou PSB (partidos aliados do governo federal), Maia disse que o DEM vai manter sua postura de oposição ao governo Dilma Rousseff.

O partido sai fortalecido para continuar firme na oposição com a certeza que as nossas ideias permanecem vivas.
 






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