TSE encaminha ao Supremo recurso de Capiberibe
Em dezembro, o TSE endossou decisão individual da ministra Cármen Lúcia que barrou a candidatura de João e sua mulher, Janete Capiberibe, no pleito de 2010.
Em janeiro, o Supremo negou liminar em que Capiberibe pedia para ser diplomado senador.
Ao rejeitar a solicitação, o presidente do STF, Cezar Peluso, afirmou que o caso ainda precisava ser resolvido pelo TSE --o que aconteceu agora, com a remessa do recurso determinada pelo tribunal eleitoral.
Por ser considerado ficha-suja pelo colegiado, o casal se elegeu para Senado e Câmara, respectivamente, mas não pôde assumir a vaga.
Eles foram cassados pelo TSE, acusados de compra de votos nas eleições de 2002.
Com a saída de cena de João Capiberibe, Gilvam Borges (PMDB-AP) ganhou cadeira no Senado.
SUBORNO
A Folha revelou na semana passada que, segundo uma ex-secretária da emissora de TV da família de Gilvam, houve suborno no processo que resultou na cassação dos Capiberibe.
Ela, que trabalhou 20 anos com o peemedebista, disse que foi incumbida de comprar casas para duas testemunhas contrárias ao casal do PSB.
No ano passado, a três meses das eleições, Roberval Coimbra Araújo, ex-funcionário da mesma TV, disse que o político comprou três testemunhas no processo de cassação. Ele foi esfaqueado após a acusação.
Em outras ocasiões, Gilvam negou ter comprado testemunhas e chamou o cinegrafista Roberval Araújo de "bandido" e de fazer "armações escusas".
Em artigo publicado em janeiro na Folha, Capiberibe afirma que ele e sua mulher foram vítimas de "armação perpetrada pelo PMDB dos senadores Gilvam Borges e José Sarney".
Ele nega a compra de dois votos por R$ 26, em duas prestações, em 2002 --acusação que teria resultado na cassação dos dois políticos.
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