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Internacional
Quinta - 17 de Fevereiro de 2011 às 18:59

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A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse nesta quinta-feira que seu país oferecerá uma ajuda de US$ 150 milhões para a transição política no Egito.
"Tenho o prazer em anunciar hoje que estamos reprogramando US$ 150 milhões destinados ao Egito, para nos colocarmos em posição de apoiar a transição nesse país e ajudar em sua recuperação econômica", disse a secretária de Estado.

O ex-ditador egípcio, Hosni Mubarak, entregou o poder ao Exército em 11 de fevereiro, após 18 dias de revoltas populares. O Conselho Supremo das Forças Armadas encarregou o governo de continuar trabalhando para a formação de um novo gabinete.

Nesta quarta-feira, o Ministério da Saúde do Egito informou que 365 pessoas foram mortas durante os 18 dias de protestos, iniciados em 25 de janeiro, que terminaram na última sexta-feira (11) com a renúncia de Mubarak, que estava há 30 anos no poder.

Trata-se da primeira estatística dada pelo governo sobre as revoltas populares, apesar de o ministro da Saúde, Ahmed Sameh Farid, afirmar que é apenas uma contagem preliminar sobre a morte de civis --não estão incluídos policiais ou prisioneiros.

A ONU (Organização das Nações Unidas) e a ONG Human Rights Watch afirmavam que ao menos 300 pessoas haviam morrido nos protestos --embora os números não tivesses sido consolidados. Os órgãos também relataram morte de jornalistas e diversos ataques à imprensa.

RETORNO À NORMALIDADE

Nesta quarta-feira, os militares egípcios afirmaram que, após os 18 dias de protestos que resultaram na renúncia de Mubarak esperam que dezenas de milhares de pessoas abandonem as greves e protestos e acatem o apelo para voltar ao trabalho.

Diante das liberdades recém-adquiridas com a queda da ditadura, muitas categorias --de bancários a guias de turismo, passando por policiais e metalúrgicos-- decidiram levar reivindicações trabalhistas às ruas.

Enquanto o Egito discute as reformas democráticas a serem adotadas nos próximos meses, surgiram rumores sobre o estado de saúde de Mubarak, 82, que está refugiado na sua residência de veraneio, no balneário de Sharm el Sheikh, depois de fugir do palácio presidencial do Cairo. No seu último pronunciamento, Mubarak disse que desejava morrer no Egito.

Na sexta-feira, os líderes do movimento pró-democracia pretendem realizar uma "Marcha da Vitória", para celebrar a queda de Mubarak e mostrar aos militares que continuam mobilizados.

REFORMAS

Nesta terça-feira, o Conselho Militar nomeou uma Comissão Constitucional que inclui um representante da Irmandade Muçulmana, principal grupo de oposição do país, que tem oito membros.

A comissão recebeu o prazo de dez dias para elaborar propostas que, em um segundo momento, serão submetidas a um referendo popular.

A Comissão Constitucional é liderada pelo juiz aposentado Tariq El Bishri, e entre os seus outros sete participantes há três especialistas constitucionais e um membro de alto escalão da Irmandade Muçulmana, que era banida durante o governo de Mubarak
 






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