A Polícia Militar dispersou com golpes de cassetetes e bombas de gás lacrimogênio, no início da noite desta quinta-feira, um grupo de cerca de mil pessoas que protestava em frente à prefeitura de São Paulo contra o aumento do valor da passagem do transporte público. O confronto começou após os manifestantes tentarem romper o cerco feito por soldados da PM e homens da Guarda Civil para proteger o prédio. O protesto tentava reverter o aumento do preço das passagens de ônibus, que passou de R$ 2,70 para R$ 3.
Durante a confusão, o vereador José Américo (PT), que tentava conter a ação da polícia contra os manifestantes, a maioria estudantes, foi atingido por gás de pimenta. Um estudante foi detido. Mais cedo, os manifestantes chegaram a ser recebidos por um representante da Secretaria de Transporte do município, mas não houve acordo.
No último dia 25 de janeiro, uma briga entre seguranças da prefeitura e estudantes do Movimento Passe Livre causou tumulto na cerimônia de reabertura da Biblioteca Municipal Mário de Andrade. Nesta tarde, um grupo de manifestantes se acorrentou em catracas do saguão principal do prédio
O preço da passagem de ônibus subiu no último dia 5 de janeiro de R$ 2,70 para R$ 3. O reajuste de 11,11% foi definido no fim do ano pela prefeitura. Com o aumento, São Paulo passou a ser uma das cidades com o transporte coletivo mais caro do País, segundo a organização não governamental (ONG) Rede Nossa São Paulo.
De acordo com a empresa municipal que administra o transporte coletivo, SPTrans, o reajuste compensa o aumento dos custos acumulado desde janeiro de 2010, data do último reajuste. O percentual, entretanto, é quase o dobro da inflação do ano passado na cidade que, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), foi de 6,4%.
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