Sem saneamento, não adianta PAC da Mobilidade, diz Hauer
O presidente do Departamento de Água e Esgoto (DAE) de Várzea Grande, João Carlos Hauer, minimizou o fato de Cuiabá ter sido a única cidade sede da Copa do Mundo de 2014 a ficar de fora dos investimentos do PAC Mobilidade Grandes Cidades, anunciado pelo governo federal nesta quarta (16), ressaltando que as obras do programa para reestruturação das redes de abastecimento de água e esgoto ainda permanecem paradas.
As obras do PAC I em Cuiabá e Várzea Grande estão paralisadas desde agosto de 2009, quando a Polícia Federal desencadeou a Operação Pacenas. A suspeita era que haviam fraudes nos processos licitatórios. Mesmo com o caso tendo sido arquivado, os projetos continuaram parados porque, com o passar do tempo, os valores dos contratos acabaram desatualizados e as prefeituras não tinham recursos para arcar com a diferença dos preços.
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Na tentativa de retomar os trabalhos, o governador Silval Barbosa (PMDB) anunciou, no final do ano passado, que assumiria a reponsabilidade de execução e a contrapartida necessária para quitar os empreendimentos. Enquanto o prefeito de Várzea Grande, Murilo Domingos (PR), aceitou a proposta sem ressalvas, o prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB), repassou para o Estado apenas três dos oito lotes.
A proposta de Silval, contudo, ainda não foi colocada em prática. Para Hauer, sem uma solução para este caso a realização dos jogos do Mundial continuaria comprometida, mesmo que a Capital fosse beneficiada com o recurso destinado a suprir as falhas do sistema de transporte público. "Se não vier o PAC do saneamento não adianta o da mobilidade", frisou.
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