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Polícia
Sábado - 19 de Fevereiro de 2011 às 08:36
Por: Sonia Fiori

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Um dos agravantes em relação a Serys foi o fato dela não ter feito campanha para o colega derrotado ao Senado, Carlos Ab
Um dos agravantes em relação a Serys foi o fato dela não ter feito campanha para o colega derrotado ao Senado, Carlos Ab
A ex-senadora Serys Marly (PT) vai responder por infidelidade partidária e corre o risco de ser expulsa da legenda. A mesma situação vive o vereador Lúdio Cabral e outros 4 ex-candidatos nas eleições de 2010. Eles são alvo de 6 representações ingressadas na tarde de ontem junto ao PT estadual, proposta pelo presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Júlio Vianna e Maria Zaniratto, membro do Diretório de Cuiabá. Pesam sobre os representados acusações de descumprimento das orientações da sigla. No caso de Serys, o agravante foi o fato dela ter feito campanha contra o então candidato ao Senado, hoje secretário especial de Relações entre Estados e Municípios, do Ministério da Educação e Cultura (MEC), Carlos Abicalil.
 

A ex-deputada estadual, Vera Araújo, também integra a lista composta ainda dos ex-candidatos José Lemos Neto, o Juca Lemos; Eroisa Melo e Juci Maria, conhecida como Juci da Eletronorte. Os petistas responderão por infidelidade partidária. Júlio Vianna é autor da representação contra Serys.

 

Nos documentos, os autores pedem providências da direção estadual da sigla por postura adotada pelos ex-candidatos que teriam atingido diretamente o projeto do PT.

Um dos pontos questionados se refere a constatação, segundo as representações, da “falta de inserção do número e do nome do candidato Carlos Abicalil no material de campanha eleitoral dos candidatos listados. Em relação a ex-senadora, o texto ressalta o agravante de ela supostamente ter feito campanha contra Abicalil inclusive tendo utilizado o jargão “vou de taxi”, que sugeria seu apoio ao adversário na disputa ao Senado, Pedro Taques (PDT).

 

Não é novidade o racha no Partido dos Trabalhadores. Entretanto, no período eleitoral o clima de disputa interna entre Abicalil, então presidente do partido e Serys, chegou ao apogeu - gerando resultados negativos no pleito - como a não eleição de ambos. Depois de perder corrida na legenda pela candidatura a reeleição, ela aceitou pleitear cadeira a Câmara Federal. A notícia gerou movimentações na sigla, que já convocou reunião da Executiva regional para a próxima segunda-feira, para avaliar se acata ou não as representações. Caso ocorra entendimento pelo aceite ao pedido, os documentos seguem para a Comissão de Ética que irá emitir relatório - que posteriormente será encaminhado para deliberação da Executiva regional - onde Abicalil conta com apoio da maioria dos membros. Presidente regional do partido, o deputado federal Ságuas Moraes lidera o encontro.

 

Outro lado - A ex-senadora Serys classificou a decisão de Vianna de “absurda” e afirmou que aguardará até a próxima semana a posição da direção regional sobre o assunto. Fez questão de frisar que “causa estranheza essa postura de companheiros do PT que tentam enfraquecer ainda mais o partido, depois do resultado das eleições 2010”.
Serys fez questão de frisar que espera uma postura coerente da direção regional em relação ao tema, assim como a adotada por ela no período em que presidiu o partido no Estado. “Houve uma situação em especial em que eu deixei de acatar uma representação grave contra um companheiro que é ligado ao Abicalil”, mencionou. A ex-senadora disse que está avaliando seu projeto político futuro.





Fonte: A Gazeta

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