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Economia
Sábado - 19 de Fevereiro de 2011 às 20:16

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Os ministros de Finanças do G20 fizeram um acordo neste sábado em Paris criar uma série de indicadores para medir os desequilíbrios financeiros globais, que inclui levar em conta as taxas de câmbio.

"Estamos muito satisfeitos com o resultado obtido", destacou em nome da Presidência francesa do G20 a ministra de Economia e Finanças francesa, Christine Lagarde, que destacou ter incluído as taxas de câmbio na referência, frente à oposição da China.

Christine, em entrevista coletiva, precisou que todos vão levar em consideração políticas econômicas que permitam um crescimento "forte e sustentável".

Os indicadores escolhidos são a dívida e o deficit público por uma parte, a economia e o investimento por outro e, por último, a balança comercial e o saldo dos investimentos correntes.

Este último par de elementos da balança de conta corrente levará em consideração a taxa de câmbio, a política fiscal e monetária, entre outras, acrescentou a ministra francesa.

"Todos ganhamos com um crescimento equilibrado porque com a situação atual temos certeza que vamos criar outra crise", explicou para justificar a pertinência destes indicadores.

Perguntada sobre o que conseguiu desfazer as suspeitas da China, que tinha se manifestado contra a taxa de câmbio, Christine respondeu que essa questão foi objeto de "discussões e negociações" que se prolongaram durante toda a noite de sexta-feira e a manhã de sábado.

O acordo "é equilibrado porque não coloca o acento exclusivamente na taxa de câmbio ou no balanço de pagamentos e não estigmatiza ninguém".

Além disso, precisou que os indicadores não estabelecem limitações de cumprimento obrigatório, em resposta às declarações do ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, nas quais assinalou que não queria que fossem estabelecidas restrições, apenas recomendações.

Em relação à prioridade da Presidência do G20 de iniciar uma reforma do sistema monetário internacional, o governador do Banco da França, Christian Noyer, afirmou ter constatado que "todo mundo está de acordo que as divisas deve ser conversíveis".

"Voltaremos a falar em outubro e no final do ano", concluiu em referência as próximas reuniões do G20.






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