Fazenda quer restringir compra da cimenteira Cimpor
A Seae (Secretaria de Acompanhamento Econômico), do Ministério da Fazenda, recomendou ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) que imponha restrições à compra da cimenteira Cimpor (Cimentos de Portugal) pela Votorantim e pela Camargo Corrêa.
De acordo com o documento, a concentração resultante da operação é preocupante em 14 Estados.
Em seu parecer, divulgado nesta segunda-feira, a secretaria pede que sejam vendidos ativos produtivos como plantas cimenteiras e concreteiras em mercados em que a operação gerou concentração maior do que 20%. Uma alternativa à venda de ativos sugerida pela Seae é a adoção de medidas societárias que preservem a independência das três empresas no Brasil.
"No entendimento da secretaria, Votorantim e Camargo Corrêa poderão manter suas participações na Cimpor, desde que limitadas aos mercados internacionais", afirmou a secretaria, em nota.
A palavra final sobre o caso será dada pelo Cade, que é o responsável por aprovar ou não a operação.
Juntas, Votorantim e Camargo Corrêa compraram 53% do capital social da Cimpor.
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