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Política
Terça - 22 de Fevereiro de 2011 às 08:10
Por: Rafael Costa

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Reunião da Executiva se arrastou por mais de 4h para concluir que petistas
Reunião da Executiva se arrastou por mais de 4h para concluir que petistas "traidores" serão processados; Lúdio e Verinh
Por maioria de votos, a executiva estadual do PT instaurou processo disciplinar que pode levar a expulsão da ex-senadora Serys Marly e da ex-deputada estadual Vera Araújo, a Verinha, do vereador por Cuiabá Lúdio Cabral, e da militante Eroisa Mello por infidelidade partidária.

Todos são suspeitos de não pedir votos ao candidato derrotado ao Senado, Carlos Abicalil, o que configura desrespeito a decisão da convenção partidária que também oficializou apoio as candidaturas ao senado de Blairo Maggi (PR) e Silval Barbosa (PMDB).

Os candidatos derrotados a deputado estadual, José Lemos Neto, o Juca Lemos e Juci Maria, a Juci da Eletronorte, também deverão responder a processos disciplinares, mas os pedidos serão apreciados pelos diretórios de Rondonópolis e Cuiabá, respectivamente.

A reunião que durou mais de 4 horas para decidir se acatava ou não as representações formuladas pelo presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Júlio Vianna e Maria Zaniratto, membro do Diretório de Cuiabá, foi marcada pelo clima de rivalidade de diferentes grupos políticos e troca de farpas.

Ao final, o presidente do diretório estadual, deputado federal Ságuas Moraes, revelou que a maioria optou por receber as denúncias diante de flagrantes episódios de infidelidade partidária. "É notório que houve casos deste tipo. O Juca Lemos não inseriu em seu material de campanha o pedido de votos para a candidatura de Carlos Abicalil ao Senado. Houve ainda outros motivos que serão apreciados pelo Conselho de Ética".

O dirigente partidário afirmou que espera ser este o último ato do partido que tenha resquício com a eleição de 2010. "O PT tem que seguir novos rumos, se preocupar em montar a unidade partidária e construir projetos visando as eleições futuras. Já fomos muito prejudicados neste processo".

O suplente de deputado estadual, Alexandre Cesar, informou que a história de militância da ex-senadora Serys Marly não deve ser levada em consideração neste momento. "A lei é válida para todos e o estatuto partidário deve ser cumprido à risca".

O vereador Lúdio Cabral, que chegou a declarar na tribuna da Câmara de Cuiabá simpatia pela candidatura de Pedro Taques (PDT) ao Senado, mas moderou seu comportamento em relação aos procedimentos internos do PT. "Todos os meus atos de campanha são públicos e notórios. Tenho a consciência de que fui fiel ao partido".

Por outro lado, a ex-vereadora por Cuiabá, Enelinda Scala remeteu a Abicalil a responsabilidade pela turbulência na sigla. "Houve uma imposição que gerou todos esses problemas, o que é inadmissível".





Fonte: A Gazeta

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