Na delegacia, ela disse que pai é casado e lhe tomou a criança após o parto. Informação chegou ao 24º BPM através do Disque-Denúncia.
Polícia encontra mãe de bebê jogado em valão na Baixada Fluminense
A polícia encontrou na manhã desta terça-feira (22) a mãe da criança que foi jogada em um valão em Queimados, na Baixada Fluminense, na semana passada. Em depoimento, ela, que tem 25 anos, negou ter atirado o bebê da ponte e diz que o pai do menino tomou-lhe dos braços assim que ele nasceu.
Na delegacia, ela afirmou ainda que o pai do filho é casado e acompanhou o parto dentro de seu carro. Depois de ver o caso na TV, a suspeita disse não ter procurado a polícia porque estava sendo ameaçada pelo companheiro. Segundo policiais, no entanto, ela não soube dizer sobrenome nem endereço do pai do bebê.
De acordo com policiais do 24º BPM (Queimados), que foram até a sua casa após uma informação do Disque-Denúncia, a mãe, ao ver a polícia, chegou a negar tudo e dizer que havia operado um mioma. Só na delegacia ela admitiu que era mãe do menino jogado no valão. O caso está sendo investigado na 55ª DP (Queimados).
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O bebê, que ficou conhecido como Moisés, começou na segunda-feira (21) a se alimentar com leite. Embora ainda esteja no soro, ele, que está na UTI, já respira sem o auxílio de aparelhos e vem apresentando melhora.
De acordo com os médicos, o menino está estável, mas ainda precisa tomar antibióticos, já que contraiu uma infecção por ter ficado em contato com água de um valão onde havia esgoto. A previsão é de que ele ainda permaneça hospitalizado por mais 10 a 15 dias, até estar completamente recuperado.
O resgate
A criança foi resgatada por policiais e um vizinho, depois que uma testemunha avisou do episódio. Ao se lembrar dos momentos do resgate, o policial se emocionou.
"Ficamos andando de um lado para o outro, tentando avistar o bebê que a vizinha disse ter visto por perto, e nada. Uns 15 metros a frente, a gente escutou o choro da criança e corremos para resgatá-la. Ela chorava muito e estava presa naquela sujeira. Foi um galho de árvore que segurou o bebê naquela correnteza", contou ele.
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