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Saúde
Quarta - 23 de Fevereiro de 2011 às 11:27

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Representante dos médicos na audiência pública que ocorre nesta quarta-feira na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Ricardo Meirelles se posicionou contra a proibição de moderadores de apetite proposta pela agência --os alvos são derivados das anfetaminas e sibutramina.

Ele é presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e representante no evento da AMB (Associação Médica Brasileira).

Para ele, reeducação alimentar e atividade física são fundamentais para a perda de peso, mas, em alguns casos, não é possível descartar a medicação. "O tratamento tem que se iniciar sempre por modificações no estilo de vida, mas nem todas as pessoas conseguem aderir a um programa como esse. Nesse caso, a farmacoterapia é uma das iniciativas", declarou.

Ele rebateu a afirmação de técnicos da Anvisa segundo a qual uma parcela pequena dos pacientes perde mais de 10% do peso e disse que uma perda de 5% já é benéfica.

Também afirmou que o principal estudo que embasa a proibição da sibutramina, o "Scout", foi feito em pacientes que tinham problemas como riscos cardiovasculares e diabetes e, portanto, nunca deveriam ter recebido o medicamento, de acordo com o que diz a própria bula. "Em lugar de retirar do mercado é preciso fiscalizar a prescrição incorreta", disse.

Afirmou também que, na clínica médica, se o medicamento não faz efeito em um mês, o médico muda o tratamento, o que não ocorre em pesquisas científicas.

A presidente da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais e o promotor de Justiça Diaulas Ribeiro também se posicionaram contra a proibição dos emagrecedores na audiência, que tem previsão de acabar às 13h.






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