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Polícia
Quinta - 24 de Fevereiro de 2011 às 14:22

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Bares utilizados para favorecimento à prostituição, hotéis disfarçados de motéis sem alvará de funcionamento e imóveis abandonados utilizados para o consumo de drogas. Essa é realidade encontrada no centro da capital, nas áreas do Calçadão da Ricardo Franco, Travessa 27 de Setembro, Beco do Candeeiro e Morro da Luz, locais vistoriados pelos policiais, inspetores e fiscais do MTE para averiguar a existência de crianças e adolescentes em situação de risco. Tais locais, foram alvos de uma fiscalização da Polícia Judiciária Civil na operação Lua, deflagrada no final da tarde desta quarta-feira (23), em Cuiabá, em parceria com o Ministério do Trabalho Estadual (MTE).

Em dois bares da Travessa 27 de Setembro foram encontradas várias garotas que utilizam os estabelecimentos como ponto de encontro de clientes para a prostituição. Em um deles, sem nome na fachada, foi apreendido um caderno de contabilidade com valores cobrados pelas mulheres nos programas sexuais. Os clientes são levados para quartos de hotéis próximos, que vivem em boa parte das diárias cobradas dos clientes levados pelas garotas.

O dono do bar, Bartolomeu Pereira dos Santos, que não estava no local será investigado por favorecimento à prostituição. Ele já tem passagens por violência doméstica e falsidade ideológica. “Prostituição não é crime, a exploração sim. O município precisa estar mais presente nos locais para que as mulheres encontradas ali possam ter melhores oportunidades”, analisa o delegado Paulo Araújo.

A fiscalização encontrou dois desses hotéis na Ricardo Franco. Em um deles não foi apresentado alvará de funcionamento. A delegada Daniela Maidel disse que uma jovem contou que pega o cliente em um bar próximo e leva para hotel onde faz programas sexuais. O quarto é alugado por R$ 15 à hora.

A informação foi confirmada por uma mulher de 30 anos que disse ficar no bar para conseguir clientes. Ela contou que cobra R$ 50 pelo programa e a comissão do bar fica pelo consumo de bebidas do tipo Ice e energéticos, vendidas muito acima do preço, das quais induz o cliente a comprar”. “Aqui é um bar de programa mesmo. Abre a partir das 9 horas e só fecha ao escurecer”, afirmou.

A inspeção foi realizada por policiais das Delegacias e Centros Integrados de Segurança e Cidadania (Cisc) de Cuiabá com reforço do Grupo de Operações Especiais (Goe) e das Delegacias de Defesa da Mulher, Distrital do Jardim Gloria e Cisc Parque do Lago, de Várzea Grande e da Inspetoria de Menores, do Juizado da Infância e Juventude de Cuiabá.




Fonte: A Gazeta

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