Bucchino, membro do Partido Democrático (PD), disse em entrevista coletiva que há três semanas falou com uma pessoa que assegurou ser membro da Refundação Comunista.
Um dia depois da conversa, ambos se encontraram e esta pessoa, de quem Bucchino preferiu não revelar o nome, disse a ele que tinha falado com Denis Verdini, coordenador do Povo da Liberdade (PDL), legenda liderada por Berlusconi.
Segundo o deputado, lhe foi dito que estava tudo pronto para sua mudança para as fileiras de um novo grupo parlamentar, fundado em 20 de janeiro, formado por dezenas de deputados que abandonaram os partidos da oposição.
Esta manobra procura compensar a saída do PDL do antigo aliado de Berlusconi, Gianfranco Fini, e de seus seguidores, o que deixou o chefe do Governo sem a maioria absoluta na câmara baixa.
Segundo Bucchino, a pessoa que lhe fez a proposta ofereceu a ele sua candidatura "nas próximas eleições e 150 mil euros em conceito de reembolso de todas as despesas eleitorais".
O deputado do PD disse que recusou a oferta e ressaltou que, como prova da suposta proposta, tem o registro das ligações recebidas há três semanas e as mensagens de texto que sucederam o encontro.
Por sua vez, o coordenador do PDL negou que conhecesse Bucchino e ameaçou denunciar quem falar de ofertas de dinheiro em troca de mudança de legenda, informou o jornal "Corriere della Sera".
A revelação pública de Bucchino se soma às denúncias feitas pela oposição neste sentido, desde que em dezembro Berlusconi conseguiu superar uma moção de censura contra ele na Câmara dos Deputados por apenas três votos.
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