Violência cresce e homicídios aumentam em Mato Grosso
A violência é a principal responsável por mais de 70% das mortes de jovens entre 15 e 24 anos em Mato Grosso. A constatação é de um estudo divulgado, nesta quinta-feira, pelo Instituto Sangari e o Ministério da Justiça. Ao todo, 70,6% perderam a vida em virtude de alguma causa da referida natureza. Deste universo, 36,6% foram vítimas de assassinatos. O número compõe o “Mapa da Violência no Brasil” e revelou ainda que a realidade da unidade federada foi a mesma do Brasil, onde 63% dos jovens morreram devido à violência. O período analisado compreende os anos entre 1998 e 2008.
No Estado, a taxa de homicídios reduziu em uma década, passando de 36,3 (para um grupo de 100 mil pessoas) em 1998 a outros 31,8 em 2008. A posição do Estado no ranking das unidades mais violentas passou de 9ª para 11ª.
Em números absolutos, 267 jovens entre 15 e 24 anos foram assassinados, em 2008, em Mato Grosso, o que representa 16% a mais que o verificado em 1998. Na época, as mortes totalizaram 230. Sobre o número de homicídios na população total do Estado, 942 foram assassinados no território em 2008, o que representou um crescimento na ordem de 11,3% frente a 1998, quando foram 846 mortes.
No Brasil, o número total de assassinatos saltou 42 mil em 1998 para 50,1 mil em 2008. De acordo com o Mapa da Violência, São Paulo obteve maior redução no número de assassinatos. Durante o evento, o governo federal anunciou que investirá em políticas para frear os índices da violência, como estimular o desarmamento da população.
Já no Centro-Oeste, os homicídios cresceram em ritmo menor: 48,3%, mas ainda muito elevado e também acima da média nacional.
Outras causas
Além das causas violentas, outras foram as responsáveis pelas mortes dos jovens em Mato Grosso entre 1998 e 2008: naturais, externas, suicídios e acidentes de transportes. Para a primeira, por exemplo, aproximadamente 23% da população entre 15 e 24 anos perderam a vida. As causas externas ocasionaram 77,1% dos óbitos no período, os suicídios outros 9,3% e acidentes, 24,7%.
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