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Polícia
Sexta - 25 de Fevereiro de 2011 às 11:18
Por: Kelly Martins

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O procurador-geral de Justiça, Marcelo Ferra, poderá pedir prorrogação de prazo à Justiça para decidir se oferecerá ou não denúncia no caso que envolve a estudante Eiko Uemura, encontrada morta em abril de 2009 no Portão do Inferno, em Chapada dos Guimarães.

A polêmica que envolve a jovem já se arrasta há quase dois anos e ainda restam incertezas se a morte se deu por um homicídio ou suicídio. Dessa forma, o procurador afirmou que não descarta ter que solicitar mais tempo para analisar o inquérito policial. No início do mês, a juíza Silvia Renata Anffe Souza, da Comarca de Chapada, negou o parecer pelo arquivamento do caso feito pelo próprio Ministério Público Estadual (MPE) .

“Trata-se de um caso complexo que poderá requerer novas diligências. Por isso a possibilidade de requerer mais tempo para análise não está descartada”, disse Ferra em entrevista ao site da TVCA. No entanto, Ferra não forneceu detalhes sobre as apurações.
Contudo, caberá a ele decidir se as investigações prosseguem ou se serão arquivadas, já que seu posicionamento foi cobrado pela juíza que optou em remeter os autos do processo à Procuradoria Geral de Justiça cujo prazo de análise se encerra no dia 28.

Isso se deu após a magistrada contestar o parecer do promotor de justiça César Danilo Ribeiro de Novais, que pediu o arquivamento do caso ao garantir existir provas que evidenciam a ocorrência de suicídio, e não homicídio, como apontado no inquérito policial.
Na decisão, a juíza considera que ainda restam muitos questionamentos, conclusões inacabadas, fatos não comprovados e cabíveis à revisão e duplas interpretações. A magistrada ainda diz ter convicção de que a estudante Eiko Uemura não se suicidou.

Saiba mais

O caso sobre a morte de Eiko é marcada por mistério. O laudo do médico legista Jorge Caramuru, do Instituto Médico Legal, aponta que a estudante já estava morta quando caiu no Portão do Inferno.

Na época da morte, Eiko era investigada por participar de um esquema de lavagem de dinheiro liderado pelo tio Julio Uemura, acusado de liderar um esquema no ramo hortifrutigranjeiro, apurado durante a Operação Gafanhoto do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

O nome do advogado Sebastião Carlos Araújo Prado apareceu logo no início das investigações, após a descoberta de que a jovem chegou a fazer uma procuração dando amplos poderes como advogar e responder judicialmente por ela. Também que ela mantinha um caso com o advogado e, de acordo com testemunhas, ela teria furtado as jóias da família para fugir com o amante.

A princípio as investigações e os primeiros laudos apontaram para suicídio e eram conduzidos pelo delegado de Chapada dos Guimarães, João Bosco. Porém um mês depois o corpo da jovem foi exumado e constatou-se que ela havia sido torturada antes da morte. O delegado Márcio Pieroni, da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) assumiu o inquérito e não descartou que a vítima teria sido assassinada. Ele chegou a pedir a prisão do advogado e outros dois suspeitos pelo crime.

Outra polêmica no caso foi a respeito do exame feito nos dentes supostamente de Eiko, que apontaram para um DNA masculino. Por último, foi comprovado que os fios de cabelos encontrados no carro do suposto amante seriam da jovem e estariam no porta-malas do veículo dele.





Fonte: TVCA

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