PF conclui segunda fase de busca por ossadas da ditadura
Iniciada no último dia 14, a operação exumou 24 ossadas no cemitério de Vila Formosa (zona leste da cidade).
A força tarefa, parceria da PF com o o Ministério Público Federal e a Secretaria de Direitos Humanos, tem como foco inicial encontrar os restos mortais de Virgílio Gomes da Silva, militante de esquerda morto em 1969.
Líder sindical e veterano da ALN (Ação Libertadora Nacional), sob o codinome Jonas ele comandou, no mesmo ano, o sequestro do embaixador estadunidense Charles Elbrick.
Os restos mortais foram levados para o IML (Instituto Médico Legal) de São Paulo. Junto com a PF, o instituto montou uma base na capital paulista para realizar exames, como análises de arcadas dentárias e de dimensões de ossos, que ajudem a identificar as ossadas.
Segundo o Ministério Público, uma nova expedição em Vila Formosa deverá ocorrer entre 21 e 25 de março.
Nesta terceira etapa, será escavada a última de seis sepulturas onde se suspeita que o corpo de Virgílio esteja enterrado.
Acredita-se que vítimas do regime militar tenham sido enterradas em valas clandestinas do cemitério. Algumas foram sepultadas como indigentes.
A PF também procura os restos do militante da ALN Sérgio Correa. Em novembro, na primeira fase da varredura em Vila Formosa, foram recolhidos restos que poderiam ser de Sérgio, mas essa hipótese perdeu força.
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